
CECOMA “tranca-se” na Macaneta para redesenhar a voz da Reforma da UEM
Entre dunas, mar e mangais, o Centro de Comunicação e Marketing da UEM (CECOMA) transformou a Macaneta, nos dias 14 e 15 de Agosto, num verdadeiro laboratório de ideias. O desafio? Inventar novas formas de comunicar a maior mudança institucional da Universidade Eduardo Mondlane em décadas: a transição para Universidade de Investigação (UdI).
Longe do ritmo frenético da cidade, os técnicos mergulharam em dois dias intensos de reflexão para responder a uma pergunta decisiva: como falar de ciência, investigação e de reforma universitária, de modo a mobilizar não apenas académicos, mas toda a sociedade?
O Director do CECOMA, Mestre Adão Matimbe, lançou o tom: “o nosso trabalho é traduzir a complexidade da investigação em mensagens que inspirem. Se não conseguimos explicar a Reforma de forma simples e clara, ela corre o risco de não ser compreendida, nem abraçada”.
Por seu turno, o Prof. Doutor Hermínio Muiambo, Director do Gabinete de Planificação, Qualidade e Estudos Institucionais, foi ainda mais directo: “Todas estas ideias que temos, sem uma estratégia de comunicação, não poderemos lograr sucesso, porque temos que comunicar melhor com o Governo e os nossos parceiros de cooperação. Por isso, temos que nos comunicar para que todos percebam o que estamos a fazer.”
A reunião apontou para uma mudança cultural profunda: deixar de ver a UEM apenas como universidade de ensino e reposicionar-se como polo de investigação e inovação, capaz de atrair fundos, influenciar políticas públicas e oferecer soluções concretas para os desafios do país. “Temos que mudar a cultura organizacional da instituição, porque, mesmo havendo muito dinheiro, se não mudarmos a maneira de fazer as coisas, continuaremos com os mesmos problemas”, alertou o Prof. Doutor Hermínio Muiambo.
O Prof. Doutor Afonso Vaz Vassoa, da Escola de Comunicação e Artes (ECA), trouxe a dimensão prática: campanhas com quadro lógico, workshops de sensibilização, boletins mensais, sinalética visível no campus e uma aposta forte nas redes sociais.
Mais do que um encontro técnico, a Macaneta tornou-se o ponto de viragem simbólico para a comunicação da reforma, através de um plano de acção para dar voz e rosto ao processo; adoptando uma narrativa que une ciência e sociedade e um compromisso claro: a reforma só será bem-sucedida se for bem comunicada.
No fim, a mensagem ficou cristalina: a UEM não quer apenas fazer investigação – quer ser reconhecida e compreendida como Universidade de Investigação. E, para isso, precisa de contar a sua história de forma diferente, envolvente e transformadora.