“Nova Economia Estrutural” apontada como modelo para desenvolvimento integral
O docente da Faculdade de Economia, Prof. Doutor Manoela Sylvestre, propõe uma “Nova Economia Estrutural” como modelo para um desenvolvimento integral, por ser aquela que oferece uma visão que mais se adequa aos países em vias de desenvolvimento, sugerindo que o desenvolvimento económico pode ser alcançado através de um crescimento sustentado e inclusivo, guiado pelo Estado e integrado nas dinâmicas globais.
Ao integrar princípios de sustentabilidade, inclusão social e inovação, o académico entende que a “Nova Economia Estrutural” pode ser uma ferramenta valiosa para promover o desenvolvimento integral, porquanto não apenas melhora as condições económicas, mas também as sociais e ambientais, proporcionando uma visão mais completa do progresso.
Na perspectiva do economista, a “Nova Economia Estrutural” deve ser sustentável a longo prazo, respeitando os limites ecológicos e promovendo as tecnologias verdes. “Ao focar em sectores estratégicos, pode priorizar o uso eficiente dos recursos e promover práticas agrícolas industriais sustentáveis”, sublinhou.
Manolla Sylvestre defende que um desenvolvimento integral requer instituições fortes que garantam o Estado de Direito e que promovam a participação activa da população. “A nova economia estrutural vê o Estado como um facilitador que deve fortalecer a governação e criar um ambiente que permita o crescimento das empresas e das comunidades.”
Entre os desafios da “Nova Economia Estrutural”, estão a corrupção, a dependência da cadeia de valor global que pode expor os países a choques externos e as desigualdades globais, uma vez que nem todos os países conseguem aproveitar as suas capacidades comparativas, devido a lacunas tecnológicas ou a falta de investimento em educação.
O Prof. Doutor Manoela Sylvestre falava, esta Quarta-feira (18/09), na Faculdade de Economia da UEM, onde proferiu a palestra principal por ocasião da Jornadas Científicas, com o tema “Nova Economia Estrutural Rumo ao Desenvolvimento Integral.”
Na abertura, o Director daquela unidade, Doutor Teles Huo, afirmou que as Jornadas Científicas devem representar uma plataforma de troca de conhecimento e de partilha de ideias e do fortalecimento do debate em torno do rigor científico que deve caracterizar a pesquisa.
As questões de sustentabilidade, do desenvolvimento, a resiliência económica, a erradicação da pobreza e o crescimento inclusivo exigem dos pesquisadores uma reflexão profunda e uma busca por soluções práticas e transformadoras que resolvam problemas de hoje e de amanhã, sublinha Teles Huo.
As Jornadas Científicas da Faculdade de Economia abordam temas como Finanças, Pensões, Empreendedorismo e Desenvolvimento Económico, Seguros, Mudanças Climáticas e Agricultura Sustentável.