Faculdade de Engenharia realiza “Conversa entre mulheres inspiradoras”
No âmbito das celebrações do Dia Internacional da Mulher, assinalado a 8 de Março, a Faculdade de Engenharia da Universidade Eduardo Mondlane realizou na data um evento denominado “Conversa entre mulheres inspiradoras da inclusão na área de engenharia”.
O evento contou com a participação de cerca de 80 mulheres, entre ex-estudantes da Faculdade que representam a Engenheira na Indústria, mulheres provenientes de algumas empresas parceiras, docentes, funcionárias e estudantes raparigas.
O evento durou cerca de hora e meia e contou com um painel composto por uma chefe de oficinas mecânicas da Faculdade, engenheiras do Fundo Nacional de Energia (FUNAE), da ETJV e do Standard Bank.
O evento iniciou com o painel apresentando as suas experiências e os desafios encontrados ao longo do percurso profissional. De seguida, as estudantes foram fazendo questões e pedindo alguns conselhos para melhor se prepararem para os desafios da formação na Faculdade de Engenharia e do mercado de trabalho.
Vânia Mangachaia, engenheira eléctrica trabalhando na ETJV desde 2014, disse que as mulheres podem fazer a diferença no mercado de trabalho, bastando que estejam decididas sobre o que querem fazer, mas acrescentou ainda que o domínio da língua inglesa é importante para melhor inserção no mercado de trabalho, principalmente para quem vai trabalhar nas multinacionais.
Helena Polana, engenheira mecânica com percurso pela Mozal, mCel, Vodacom e, actualmente, no Standard Bank, disse ser importante a dedicação aos estudos e que os formados em engenharia eram capazes de realizar facilmente tarefas como gestão e desenho de projectos, área financeira entre outras, pois uma mente aberta como a dos engenheiros está sempre a procura de soluções.
Para Joana Alexandre Chitumbo, Técnica do laboratório de máquinas da Faculdade desde 1998, formada em mecânica geral pela Escola Industrial da Matola, a melhor maneira de vencer os desafios é estudar sempre com amor e carinho para perceber as matérias e não se preocupar com quem dá a aula.
Para Nilza Dimande, engenheira civil, trabalhando na área de gestão de projectos no FUNAE desde 2014, a orientação das raparigas ainda no ensino secundário é muito importante, pois ajuda na decisão do curso a seguir, uma vez que, hoje em dia, existe um vasto leque de opções oferecidas pela UEM. Acrescentou ainda que, uma vez na universidade, a persistência e estudos em grupo são uma forma excelente de conseguir terminar o curso.
Sobre o sucesso na Faculdade ou no mercado do trabalho, todas as convidadas advertiram que a chave está ligada à humildade, questionamento sobre o desconhecido e muita persistência e que as mulheres têm todo o potencial para se adaptar às diferentes áreas e tarefas.