Estudantes africanos buscam experiência na UEM
A Universidade Eduardo Mondlane recebeu, recentemente, 70 estudantes de países africanos, que pretendem cursar o mestrado e o doutoramento nas áreas agroalimentares e mudanças climáticas, acto que visa potenciar a investigação científica nestes campos de conhecimento a nível do continente.
A informação foi revelada esta Quinta-feira, pelo Director do Centro de Excelência em Sistemas Agroalimentares e Nutrição, Prof. Doutor Rogério Chiulele, que explicou que se trata de mais uma iniciativa implementada por esta unidade orgânica, visando contribuir para a transformação agroalimentar em África.
“Neste momento, para além das actividades de docência, estamos a estabelecer a troca de experiência, num exercício que envolve investigadores e docentes das áreas agroalimentares, provenientes de outras instituições internacionais de ensino, para assegurar que docentes da UEM melhorem a investigação e garantam a transformação agroalimentar em África”, disse.
Destacou que, para o caso de mobilidade ao nível nacional, a UEM recebeu docentes de algumas instituições de ensino superior nacionais que vêm colher e transmitir experiências na docência e na investigação.
Por sua vez, o Director da Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal, Prof. Doutor Ernesto Uetimane Júnior, afirmou que a recepção de estudantes de diversos países africanos constitui um ganho para a instituição, num contexto em que a Universidade está no processo de internacionalização, podendo colher universitários de outros países que trazem experiências de outras realidades.
“Estes estudantes tiveram que cumprir com os requisitos de admissão, vamos leccionar no sistema bilingue e, neste momento, estão na fase de familiarização”.
O Director do Centro de Investigação do Instituto Superior Politécnico de Gaza, Dr. Custódio Tacarindua, disse, na qualidade de um dos beneficiários de mobilidade, que um dos indicadores de qualidade de ensino no país, defendido pelo Conselho Nacional de Avaliação de Qualidade no Ensino Superior, é a internacionalização, cooperação e a mobilidade, o que justifica a pertinência desta iniciativa do Centro de Excelência em Sistemas Agroalimentares e Nutrição.
“O Instituto viu a iniciativa como uma oportunidade para enviar os seus docentes para as diferentes unidades orgânicas da UEM e, a nossa expectativa, é vermos a capacidade de docência e de investigação melhoradas e esperamos que nas próximas oportunidades a iniciativa envolva também estudantes”.