A UEM conta com orçamento de 2.9 mil milhões de meticais
A UEM vai contar, este ano, com um orçamento de cerca de 2.9 mil milhões de meticais. A cifra representa uma redução em 7 por cento, em relação ao ano anterior (2023), cujo orçamento foi de cerca de 3.1 mil milhões de meticais.
O Estado continua a ser o maior financiador, com 68 por cento, o que corresponde a uma redução em 9% em relação a 2023, o restante montante provém de doações, com 4 por cento, créditos, com 2 por cento, e receitas próprias, com 26 por cento. No exercício económico referente a 2024, a UEM prevê arrecadar cerca de 763 milhões de meticais.
Por enquanto, não foi disponibilizada a dotação orçamental, via Orçamento do Estado, referente a rubricas como investimentos, serviços, ajudas de custo para o estrangeiro e subsídio de início de funções de chefia.
Estes dados foram revelados durante a cerimónia de abertura do Exercício Económico 2024, na Universidade Eduardo Mondlane.
Na abertura, o Vice-Reitor da UEM para Administração e Recursos, Prof. Doutor Joel das Neves Tembe, lembrou aos presentes que a UEM continua a enfrentar cortes orçamentais, pelo que se exige uma gestão mais rigorosa dos recursos disponibilizados.
“Por isso, a participação activa e comprometida de cada um é fundamental para assegurar o sucesso das nossas operações”, frisou.
Segundo o Vice-Reitor, o défice orçamental que a UEM regista pode ter impacto nas actividades de ensino e aprendizagem, ao limitar recursos para materiais didácticos, infraestruturas e formação de professores; redução da produção cientifica, ao impossibilitar incentivos à pesquisa e publicação, bem como impede o alcance de objectivos plasmados no Plano Estratégico, particularmente o de transformar a UEM em Universidade de Investigação (UdI), retardando o progresso em relação à metas ambiciosas.
Para o dirigente, somente através da colaboração e do comprometimento colectivo é que se podem superar os desafios que se apresentam, bem como encontrar soluções para atenuar os impactos negativos.
Durante a apresentação do Orçamento de 2024, o Mestre Basílio Malipa, da Direcção de Finanças, fez saber que continuam negociações com o Ministério da Economia e Finanças para desembolsar fundos para algumas rubricas consideradas críticas, que continuam sem dotação orçamental.
“A rubrica de serviços não tem dotação e isto significa que vamos pagar água e luz, serviços de limpeza e outros, com muita dificuldade, O que fizemos foi um exercício de realocação de fundos que cobrem o primeiro trimestre e, posteriormente, vamos pedir reforço ao Ministério da Economia e Finanças”, assegurou.
A cerimónia de abertura do exercício económico 2024, na UEM, contou com a participação de Directores de algumas unidades e responsáveis pelo sector de administração e finanças e de recursos humanos das Unidades Orgânicas.