Defendida a massificação dos cursos na UEM
Ainda no contexto de inauguração do Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências, o Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, apelou a massificação dos cursos para responder aos desafios do país, explicando que a população do ensino superior é apenas de 8.19 por cento dos moçambicanos em idade de estar neste subsistema de ensino, o que significa que em cada 100 moçambicanos, apenas oito é que estão a frequentar o ensino superior.
No entendimento do dirigente da Nação, trata-se de uma taxa inferior de escolarização superior a nível da Africa austral, que é de 10 por cento, América latina de 50 por cento e europa de 70 cento. “Esses dados mostram o quão é acertada a política do Governo de Moçambique de alargar a oferta e descentralizar as universidades”, referiu.
Entretanto, o presidente apontou a distribuição desproporcional por sectores, regiões e províncias do país, no que toca à densidade populacional, assegurando, no entanto, que apesar desse desequilíbrio o país está a registar progressos significativos, incluindo os de equidade de género. “Há reduções significativas nas discrepâncias da população estudantil por regiões”, disse.
Um outro desafio apontado pelo Presidente da República tem a ver com o grande desequilibro da população estudantil nos domínios das ciências sociais, letras e humanidade com 73.4 por cento e os que frequentam cursos relacionados com as ciências tecnológicas, engenharias e as matemáticas com apenas 26 por cento dos estudantes.
Quanto ao rácio docente/estudante, segundo o PR, os dados mostram que, regra geral, um docente universitário está para 18 estudantes. Entretanto, um docente com grau de Doutor está para 300 estudantes, por isso, apela a necessidade de se continuar a trabalhar para melhorar estes indicadores, porque nas instituições de ensino superior privadas, o rácio de um docente com o grau de Doutor está para 371 estudantes.
O PR fez saber que o governo tem algumas perspectivas para melhorar os indicadores como elevar a qualidade do corpo docente e massificar a sua formação contínua, melhorar a taxa bruta de escolaridade, equilibrar a oferta de cursos de ciências e alinhar a qualidade dos graduados com as exigências do mercado.