Especialista apela intensificação da educação sexual na comunidade
A especialista de Medicina Familiar no Centro de Saúde da UEM, Ofélia Rambique, defendeu a necessidade de intensificar a educação sobre a saúde sexual na comunidade, explicando que o consumo precoce de bebidas alcoólicas e a insuficiência do conhecimento sobre esta temática coloca em risco a vida de adolescentes.
A tese foi defendida esta Terça-feira, no Campus Principal, durante um evento de avaliação de teses de médicos residentes, em formação, na especialidade de medicina familiar e comunitária, organizado pelo Centro de Saúde da UEM (CSUEM).
Rambique disse que, na sua pesquisa sobre “Avaliação de conhecimento dos adolescentes sobre saúde sexual reprodutivo”, constatou que os adolescentes do sexo feminino, com idades que variam entre 15 a 19 anos, apresentam mais lacunas que os homens.
“Estão em alto risco devido ao consumo precoce de bebidas alcoólicas, as mulheres e raparigas aparecem nas consultas hospitalares com infecções de transmissão sexual contraídas mais de uma vez, gravidezes precoces apresentam igualmente a questão da desistência escolar. Não sabem, por exemplo, qual é o seu período fértil, muito menos conhecem os métodos de prevenção”.
A especialista assegurou que, na sua pesquisa, sugere a intensificação da educação sobre a saúde sexual nas comunidades, principalmente a nível familiar, e incentiva os pais a falarem dessa temática com os filhos para que não obtenham informações de fora que possam influenciar a tomada de decisão precipitada.