Ministro da Ciência e Tecnologia apela aos Centros de Excelência a desenvolverem pesquisa aplicada para solucionar problemas emergentes em África
O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Prof. Doutor Daniel Nivagara, apelou aos dois Centros de Excelência, localizados na UEM, a adoptarem uma perspectiva de interdisciplinaridade e aproveitarem as sinergias para criação de programas de formação holísticos e o desenvolvimento de programas de pesquisa aplicada virada para solução de problemas ambientais emergentes.
Por outro lado, espera que os Centros se associem aos esforços globais relacionados com a inevitável transição energética dos combustíveis de origem fóssil para as energias renováveis e promovam a resiliência climática essencial para o desenvolvimento de sistemas agroalimentares e de nutrição, em Moçambique e na região.
O Ministro que falava na abertura do 16º Encontro Internacional de Aconselhamento Técnico dos Centros de Excelência de Ensino Superior de África e do 22º Encontro do Comité Directivo Regional, disse que o país dispõe de enormes recursos naturais, entre os quais, uma das maiores reservas de gás natural, pelo que, a sua exploração de forma sustentável, pode alavancar à um novo patamar de desenvolvimento, contribuindo, de forma decisiva, para a erradicação da pobreza, do desemprego e de outros problemas, com os quais o país se debate e, para o efeito, se torna importante que se aposte na formação de jovens talentosos, para que possam participar, activamente, na criação de uma cadeia que agrega valor a este importante recurso energético.
Foi pensando nisso que, segundo o Ministro, o Governo decidiu aceitar e implementar, em 2016, o Centro de Excelência em Estudos de Engenharia de Petróleo e Gás, cuja missão é apoiar os esforços do país e da região na formação pós-graduada de jovens, como forma de garantir a sua participação activa nos interesses nacionais e regionais na área de petróleo e gás.
“E a criação recente de um segundo Centro, em 2023, na área de Sistemas Agroalimentares e de Nutrição, reflecte a necessidade de o nosso País e a região capacitarem, de forma holística, os recursos humanos de nível superior capazes de participar de forma criativa e inovadora nos processos de inovação da terra e dos recursos hídricos para uma prática racional e sustentável, capaz de garantir a segurança alimentar e nutricional, a erradicação da fome e o bem-estar das nossas populações”, disse.
Por sua vez, a representante do Banco Mundial, Dra. Ana Meneses, explicou que o projecto Centros de Excelência pretende levar os especialistas e profissionais a um nível mais alto, mostrando progressos e resultados, formando redes de excelência. “Queremos ver a excelência reflectida nas parcerias que são estabelecidas entre as diferentes instituições, primeiro das mesmas áreas e depois de áreas afins”, frisou.
O encontro que decorreu de 27 de Novembro a 1 de Dezembro junta, em Maputo, 24 Centros de Excelência de África financiados pelo Banco Mundial que trabalham nas áreas da Saúde, Educação, Tecnologias de Informação e Comunicação, Agricultura, e a área que integra as Ciências, Tecnologias, Engenharias e Matemáticas. Durante o encontro, os Centros de Excelência apresentaram o estágio de realizações.