
UEM moderniza ensino de engenharia com novos equipamentos robóticos
A Faculdade de Engenharia da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) acaba de receber um conjunto de equipamentos de última geração nas áreas de electrónica, hidráulica, informática e robótica, avaliado em cerca de quatro milhões de dólares. A aquisição, financiada pelo Banco Mundial, no âmbito do Projecto Centro de Excelência do Ensino de Engenharia, visa modernizar os laboratórios e reforçar a qualidade da formação oferecida, com destaque para a exploração e desenvolvimento de sistemas robóticos.
Os materiais, transportados em três contentores de 41 pés, representam, segundo o Director da Faculdade, Professor Doutor Diniz Juízo, “um marco importante” para a instituição. Juízo sublinhou que o processo resulta do esforço contínuo do Governo e lembrou que o processo iniciou em 2023, após visitas governamentais envolvendo a Reitoria da UEM.
“Este é um momento de grande satisfação. Esperamos que marque o início de uma transformação tecnológica profunda, estabelecendo bases sólidas para a formação de recursos humanos altamente qualificados e capazes de responder às exigências da indústria nacional”, afirmou Juízo.
O coordenador do projecto, Prof. Doutor Jorge Nhambiu, acrescentou que os benefícios não se restringem aos estudantes da Faculdade de Engenharia, mas também os professores de ensino técnico-profissional, cuja formação ocorre, em grande parte, nesta instituição de ensino superior.
Segundo Nhambiu, a iniciativa está estruturada em fases. No primeiro lote foram entregues equipamentos informáticos; neste segundo, foram disponibilizados materiais laboratoriais, incluindo seis robôs. “Nos próximos meses, esperamos receber novos lotes, com equipamentos destinados à área automóvel e à produção de biodiesel, a partir de diversas sementes, a serem aplicados em diferentes tipos de motores”, detalhou.
Para o coordenador, a modernização dos laboratórios é uma resposta urgente à necessidade de alinhar a formação com o actual contexto do país, marcado pela digitalização e pela exploração de recursos minerais.
“O nosso modelo de ensino é fortemente baseado em práticas laboratoriais. No entanto, muitos dos nossos laboratórios são obsoletos e alguns datam de 1964. Precisamos, urgentemente, de estruturas modernas para garantir que os nossos graduados estejam preparados para actuar na indústria contemporânea”, concluiu.