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ESUDER dinamiza produção interna de alimentos para abastecer internato local

Para fazer face à nova e desafiadora conjuntura económica do país, a Escola Superior de Desenvolvimento Rural (ESUDER), unidade da UEM localizada em Vilankulo, está a apostar forte na produção interna de alimentos através do seu campo de práticas agrícolas.
Na última campanha produtiva, estiveram envolvidos cerca de 80 estudantes, cuja produção foi usada para suprir as necessidades com alimentação do internato local ao longo de todo o primeiro semestre deste ano.
A nova abordagem, que surge como resposta ao apelo feito ano passado, pelo Reitor da UEM, Prof. Doutor Manuel Guilherme Júnior, visando recorrer as actividades práticas dos diferentes cursos, para suprir as necessidades da escola e, dessa forma, garantir a sustentabilidade.
Docentes e estudantes acataram a recomendação e envolveram-se em trabalho árduo. Como resultado desse esforço, a ESUDER produziu cerca de 1500 kg de milho, 75% do consumo do internato; 180 kg de tomate, 85% do consumo do internato; 192 kg de couve, representando 100% das necessidades internas com este insumo. Estas quantidades foram suficientes para suprir as necessidades alimentares ao longo do primeiro semestre.
Segundo Godinho Zomane, Director do Curso de Produção Agrícola, que falava no âmbito da visita que o Reitor da UEM efectua à ESUDER, parte da produção foi entregue ao curso de Agro-processamento na produção de aves e uma parte da produção foi vendida no mercado local, cujos valores monetários foram usados para aquisição de insumos para a actual época produtiva que está em curso.
Fez saber que, no âmbito de uma parceria com uma empresa especializada na assistência Agrícola, a Bayer Moçambique, a ESUDER está em processo de aquisição de uma nova variedade de sementes de milho denominada DKC 80-33, resistente às doenças de folha e de ciclo de produção curto.
Esta nova variedade foi apresentada durante a realização do dia de campo que juntou, recentemente, 250 estudantes locais e técnicos dos Serviços Distritais das Actividades Económicas.
“Esta variedade vai permitir que os estudantes façam acompanhamento do processo de produção em três meses apenas, desde a sementeira até a colheita”, disse.
Em reacção, o Reitor deu parabéns à nova abordagem da ESUDER, tendo em conta os desafios da conjuntura económica do país.
“Quando chegamos, vimos realmente que o espaço que outrora estava abandonado, agora é usado para a produção, por isso, estamos muito felizes”, disse.
Segundo o Reitor, a produção é resultado do esforço dos docentes que, num contexto de restrições orçamentais, conseguiram esta proeza.