
FAVET lança projectos de investigação
A investigação científica na Faculdade de Veterinária da Universidade Eduardo Mondlane (FAVET) acaba de ganhar novo fôlego. Três projectos ambiciosos, financiados pelo Fundo de Desenvolvimento Institucional (FDI), prometem transformar laboratórios, formar novos investigadores e aproximar a ciência veterinária das comunidades.
O lançamento oficial aconteceu na Terça-feira, 29 de Julho, em Maputo, perante uma plateia atenta composta por estudantes, docentes, investigadores e parceiros. Os projectos abrangem áreas críticas como a segurança alimentar, as zoonoses, a resistência a fármacos e o controlo da raiva – doenças que afectam tanto os animais quanto os humanos, com impacto directo na saúde pública.
Um dos projectos, liderado pelo Prof. Doutor Belisário Moiane, visa reforçar a capacidade laboratorial de análise e processamento de alimentos, com destaque para o laboratório de Higiene e Tecnologia Alimentar. O objectivo é aumentar a qualidade das análises e apoiar o desenvolvimento de uma indústria alimentar segura e eficiente em Moçambique.
Já sob a coordenação da Prof. Doutora Gabi Monteiro, o outro projecto foca-se no combate às zoonoses e à resistência antimicrobiana, integrando de forma activa estudantes finalistas da licenciatura em Medicina Veterinária. A meta é ambiciosa: produzir 12 artigos científicos até ao fim do projecto, todos assinados por estudantes, como forma de cultivar o espírito da iniciação científica e preparar a nova geração de investigadores.
O terceiro projecto, liderado pelo Prof. Doutor Atanásio Vidane, aposta na criação de clínicas ambulatórias para o controlo da raiva animal e humana em diferentes regiões do país – uma abordagem prática, inovadora e com impacto directo nas comunidades mais vulneráveis.
Na sua intervenção, a Directora da FAVET, Prof.ª Doutora Cesaltina Tchamo, enalteceu o apoio do FDI como um catalisador de transformação na educação superior. “São projectos competitivos e, a nossa Faculdade, submeteu três projectos e foram todos aprovados, portanto, temos capacidade para responder as chamadas de financiamento.”
Segundo os coordenadores, os primeiros equipamentos já começaram a ser instalados e as linhas de investigação estão em andamento, com dois estudos sobre segurança alimentar próximos da conclusão.