
Gestão e práticas musicais: ECA sintoniza com o mundo
Durante três dias, os corredores da Escola de Comunicação e Artes da UEM ecoaram mais do que a música. Ecoaram ideias, práticas, desafios e pontes. De 21 a 23 de Julho, a ECA acolheu o Seminário sobre Gestão, Investigação e Práticas Musicais, no âmbito de um vibrante projecto de mobilidade académica com o Instituto Politécnico de Bragança (Portugal).
O evento, promovido pela rede “Pro Cultura Mais”, uniu vozes de Moçambique e Portugal, numa sinfonia de saberes, centrada nos desafios contemporâneos da educação musical nos países de língua portuguesa. A pauta? Gestão institucional, currículos criativos, investigação em música e performance artística. Um verdadeiro palco para o intercâmbio académico e cultural.
“Neste momento, temos um grupo de estudantes da ECA, em Portugal, que, no âmbito da mobilidade, estão a praticar diversos instrumentos”, disse o Prof. Doutor Micas Silambo, Director-adjunto da ECA.
O seminário está enquadrado nos esforços daquela unidade da UEM na busca da sua internacionalização, que vai agregar valor na forma de fazer as coisas. “A partir desses diálogos com outras realidades, podemos incorporar aspectos globais”, frisou.
Entre mesas redondas, composições experimentais e análises críticas, o seminário celebrou a música como linguagem universal e debateu formas de potenciar o ensino artístico superior com base na cooperação internacional.
A UEM está em movimento e este seminário foi mais um passo para a sua internacionalização. Estudantes da ECA estão actualmente em Bragança a praticar instrumentos em contexto europeu, enquanto o evento, em Maputo, acolheu especialistas, músicos e gestores académicos interessados em reinventar o ensino da música.
“Procuramos analisar como é que as nossos currículos e formas de organização cultural podem encontrar pontos comuns para futuras cooperações”, destacou o Prof. Doutor Vasco Alves, do Instituto Politécnico de Bragança.
Mesmo em tempo de pausa lectiva, o seminário envolveu outras instituições como a Escola Nacional de Música, a Academia Cross Road e a Escola de Artes Xiluva, porque a arte não tira férias e a cooperação não tem intervalo.
O som que se ouviu na ECA foi o da mudança, da criatividade aplicada e da visão partilhada. O som de uma universidade que entende que, para formar com excelência, é preciso aprender em movimento, i.e., com o mundo.