
Vozes da ciência africana reforçam estratégias em Nairobi
Teve início esta Segunda-feira, na vibrante capital queniana, Nairobi, um workshop regional de comunicação que reúne especialistas de vários países africanos numa missão comum: fortalecer a visibilidade dos resultados científicos e inovadores dos Centros de Excelência, apoiados pelo Projecto ACE II (Africa Higher Education Centers of Excellence – Phase II), uma iniciativa financiada pelo Banco Mundial e coordenada pelo Conselho Interuniversitário para África Oriental (IUCEA).
Durante cinco dias, directores e oficiais de comunicação dos Centros de Excelência partilham experiências, avaliam o progresso na implementação dos seus planos de comunicação e trocam ferramentas para melhorar a sua presença institucional nos media e plataformas digitais.
Na sessão de abertura, o Director do Projecto ACE II, Prof. Doutor Jude Ssebuwufu, apelou ao redobrar de esforços comunicacionais nesta fase decisiva do projecto.
“Estamos nos últimos seis meses do Projecto, uma etapa crucial em que a visibilidade das realizações deve ser uma prioridade. Precisamos assegurar que os impactos, histórias de sucesso e inovações geradas pelos Centros sejam amplamente partilhados com os nossos parceiros, governos, comunidades e o público em geral”, enfatizou.
A Universidade Eduardo Mondlane (UEM) marcou presença destacada no evento, representada pelas equipas de comunicação dos seus dois Centros de Excelência, nomeadamente o Centro Regional de Excelência em Estudos de Engenharia e Tecnologia de Petróleo e Gás (CS-OGET) e o Centro de Excelência em Sistemas Agroalimentares e Nutrição (CE-AFSN). Esta participação reafirma o compromisso da UEM em colocar a comunicação ao serviço da ciência, da inovação e do desenvolvimento sustentável.
O programa inclui sessões práticas sobre storytelling institucional, técnicas de envolvimento com a imprensa, uso estratégico das redes sociais e ferramentas digitais para disseminação de resultados. Num ambiente de colaboração regional, os participantes trabalham ainda na harmonização de abordagens de comunicação entre países como Moçambique, Quénia, Etiópia, Malawi, Uganda, Tanzânia, Ruanda e Zâmbia.
Mais do que um evento técnico, o workshop traduz-se num esforço colectivo para garantir que as vozes da ciência africana ecoem mais longe, com clareza, criatividade e impacto. A comunicação deixa de ser apenas um suporte e assume-se como vector estratégico para atrair parcerias, garantir sustentabilidade e valorizar o conhecimento produzido no continente.
Até ao final da semana, espera-se que os participantes elaborem um plano de acção conjunto em comunicação, que orientará os meses finais do ACE II e projectará os seus resultados para além das fronteiras institucionais.