Universidade Eduardo Mondlane

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“A Arte é um recurso contra as crises globais”

– Vice-Reitor da UEM no Dia Mundial da Diversidade Cultural

O Vice-Reitor para Administração e Recursos da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), Prof. Doutor Joel das Neves Tembe, defendeu a urgência de se colocar o saber artístico e linguístico ao serviço da resolução de problemas globais, como as mudanças climáticas, os conflitos internos e a exclusão no acesso à educação.

Falando durante as celebrações do Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento, realizadas na Quarta-feira na Escola de Comunicação e Artes (ECA), das Neves sublinhou que cada expressão artística moçambicana – da música à língua, do teatro à literatura – é um tesouro de memória e conhecimento que pode e deve ser mobilizado como ferramenta de transformação social.

“Cada língua, cada arte moçambicana é um tesouro de saber, de conhecimento e de memória, um ponto de vista único e um recurso perante os desafios globais”, afirmou o académico.

O Vice-Reitor recordou que, durante o período da luta de libertação nacional, as artes desempenharam um papel vital na mobilização das consciências e construção da identidade colectiva. Após a independência, tornaram-se pilares de coesão e unidade nacional. Hoje, alertou, devem retomar esse papel, agora diante de crises planetárias.

As comemorações deste ano ganham especial significado no contexto dos 50 anos da independência nacional e da transformação da UEM em universidade de investigação, processo que, segundo das Neves, exige pluralidade de visões, valorização de saberes locais e memória crítica. “As reflexões sobre a diversidade cultural são indispensáveis para a nossa Instituição, que está num processo de se transformar numa universidade de investigação, o que implica também diversidade.”

A cerimónia foi também marcada pela intervenção da Directora da ECA, Prof.ª Doutora Ezra Nhapoca, que enfatizou o papel da diversidade cultural como fundamento do diálogo, da coexistência pacífica e do desenvolvimento sustentável.

“Ao assinalar a data, as Nações Unidas reconhecem o valor da cultura para alcançar a paz, prosperidade, inclusão, desenvolvimento sustentável e a coexistência pacífica de pessoas e povos bem como o amor e respeito pelos outros”, sublinhou.

As comemorações na ECA integraram performances de música, poesia encenada, teatro e canto coral, num ambiente vibrante e partilhado por estudantes, docentes e convidados, onde a arte se fez linguagem, manifesto e celebração.