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UEM e A Politécnica promovem Congresso Internacional sobre Camões

Em nobre aliança de saberes e memórias, a Universidade Eduardo Mondlane e a Universidade Politécnica de Moçambique acolhem, nos dias 06 e 10 de Junho do corrente ano, o II Congresso do Meio Milénio do Nascimento de Luís Vaz de Camões, o maior poeta da língua portuguesa.
O Congresso, que se repartirá entre Maputo e a ancestral Ilha de Moçambique, outrora ponto de passagem e inspiração do poeta, dá continuidade a um périplo académico que teve origem em Ternate, Indonésia (2022), e prosseguiu por Macau, em 2024. As celebrações incluem palestras, cursos e outras manifestações de relevo, em honra de Camões, promovidas pelas instituições coorganizadoras.
No Campus Principal da UEM, foi anunciada a realização do evento pelos seus representantes, nomeadamente o Prof. Doutor Serafim Adriano Alberto, pela UEM, e a Prof. Doutora Rosânia da Silva, pela A Politécnica. Ambos deram testemunho do empenho das suas instituições em manter viva a chama da lusofonia erudita.
Conforme declarou o Prof. Serafim Alberto, a Rede Camões, na Ásia e África, zeladora dos estudos camonianos, entendeu que era justo que o Congresso aportasse às terras moçambicanas, onde o poeta terá encontrado refúgio e matéria para os seus versos imortais. No dia 10 de Junho, data maior para a nação portuguesa, a Ilha de Moçambique acolherá visitas a lugares históricos, cujos ecos de outrora ainda guardam as pegadas do poeta-mor.
“Para além de palestras, haverá exposições artísticas e cultuarias e teremos visitas guiadas na Ilha, contando com a presença de estudantes das escolas secundárias, artistas e investigadores interessados em conhecer e investigar a obra do poeta”, acrescentou o coordenador da UEM, aludindo ao espírito integrador do evento.
A sessão inaugural, marcada para o dia 06 de Junho, em Maputo, será abrilhantada por uma conferência proferida pelo Prof. Doutor Lourenço do Rosário, Magno Chanceler d’A Politécnica, e decorrerá em formato híbrido, unindo o físico ao virtual, o presente ao eterno.
A Prof.ª Rosânia da Silva destacou, por sua vez, que esta iniciativa, nascida em 2022, tem por propósito reconstituir a geografia sentimental e cultural do poeta. Em 2026, a caravana intelectual deverá seguir para Goa, seguindo os passos do bardo lusitano. “Nos Lusíadas, há menções recorrentes a Moçambique, revelando a marca que esta terra deixou na pena do poeta. É uma obra de valor inestimável para o universo da língua portuguesa”, asseverou.