Universidade Eduardo Mondlane

Search
Logo-UEM-A3-01

Nunca rompam os laços entre a universidade e o povo

Benigna Zimba no adeus à FLCS
Em ambiente de forte carga emocional e reconhecimento, a Faculdade de Letras e Ciências Sociais (FLCS) prestou, esta semana, uma calorosa homenagem a 18 quadros reformados, entre docentes e técnicos administrativos, que encerram o seu ciclo activo na instituição, mas não a sua dedicação ao saber nem à sociedade.

A Prof.ª Doutora Benigna Zimba, uma das figuras centrais desta despedida, emocionou a comunidade académica ao revisitar o percurso de décadas que ajudou a desenhar os contornos da Faculdade tal como é hoje. Fundadora da FLCS e referência incontornável nas ciências sociais moçambicanas, Zimba deixa o activo com o coração pleno de gratidão – e uma palavra firme à nova geração: “nunca negligenciem o saber das comunidades.

A sociedade é nossa principal fonte de conhecimento”.

Na hora do adeus, visivelmente emocionada, Zimba disse estar orgulhosa do caminho que trilhou pelo privilégio e oportunidade que a profissão lhe conferiu de ensinar e formar muitos moçambicanos, alguns dos quais compõem o actual elenco directivo da
FLCS.
Ao lado de colegas igualmente emocionados, Zimba fez questão de enaltecer o papel das comunidades locais na consolidação da Faculdade, sublinhando que, o sucesso da FLCS, nunca foi apenas académico, mas também profundamente social e humano.
Por seu turno, o Director da FLCS, Prof. Doutor Samuel Quive, agradeceu o legado dos que agora partem para uma nova fase da vida, recordando que muitos iniciaram as suas carreiras nos anos desafiadores do pós-independência, quando o país começava a traçar
os seus próprios caminhos no ensino superior.
“Vocês cumpriram a vossa tarefa, tenham orgulho de terem feito o vosso trabalho, porque vocês formaram muitos quadros que, hoje, estão a servir este país”, destacou.
A cerimónia decorreu num clima de abraços apertados, olhares cúmplices e palavras sentidas, onde o afecto se misturou com o orgulho. A FLCS despede-se de alguns dos seus mais dedicados servidores, mas celebra, acima de tudo, a continuidade do seu espírito – agora multiplicado nas salas de aula, nos campos de pesquisa e na memória institucional da Universidade Eduardo Mondlane.