
Nova imagem promete incorporar elementos interativos e digitais
O Museu de História Natural (MHN) da Universidade Eduardo Mondlane está prestes a inaugurar uma nova era. Em plena fase de requalificação, o emblemático espaço prepara-se para oferecer uma experiência inovadora, ao incorporar tecnologias digitais e elementos interactivos que prometem transformar por completo a forma como o público explora o seu valioso acervo.
As obras, que abrangem tanto a parte arquitetónica quanto a museológica, decorrem a bom ritmo e já se encontram na fase final. Entre os trabalhos em curso destacam-se a pintura final do edifício, a instalação de sanitários modernos, bem como a montagem de um elevador, garantindo acesso universal a pessoas com deficiência física, um marco importante rumo a um museu mais inclusivo e acessível.
Segundo a Directora do MHN, Mestre Lucília Chuquela, o novo museu será muito mais do que uma simples requalificação estética. Segundo Chuquela, os espécimes sairão mais valorizados, porque estarão acompanhados de conteúdos ricos, explicativos e acessíveis a todos os públicos. “Teremos ferramentas para surdos, mudos e cegos que já poderão também visitar o museu”, garantiu.
A reabertura ao público será feita em duas fases. A primeira, de carácter experimental, está prevista para Julho e servirá para testar as novas tecnologias e funcionalidades interactivas. A inauguração oficial, com todas as valências em pleno funcionamento,
deverá acontecer em Setembro deste ano.
“Queremos, primeiro, testar como vai funcionar com o público os novos elementos instalados e depois poderemos inaugurar oficialmente”, afirmou a directora. Com as transformações em curso, a manutenção do espaço tornar-se-á mais exigente.
Por isso, segundo Chuquela, estão a ser estudadas fontes alternativas de financiamento, com destaque para exposições temáticas, actividades culturais temporárias e eventos educativos, para além das receitas provenientes das taxas de entrada. “Por enquanto além das taxas que cobramos aos visitantes, pensamos em promover temáticas e exposições temporárias entre outras actividades”, frisou.
Devido às obras em curso, o Museu de História Natural encontra-se temporariamente encerrado ao público e não participou nas celebrações do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, a 18 de Abril. No entanto, a expectativa é que, quando reabrir, ofereça uma nova forma de ver e sentir a biodiversidade de Moçambique, de forma mais moderna, acessível e envolvente.