Universidade Eduardo Mondlane

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UEM reforça identidade académica e compromisso com a excelência

A Universidade Eduardo Mondlane (UEM) abriu oficialmente, na Sexta-feira, 21/03, o Ano Académico 2025, com um vigoroso apelo à construção de uma identidade própria e ao reforço do seu papel no desenvolvimento do ensino superior em Moçambique e no continente africano. A aula inaugural, foi dada, no Centro Cultural Universitário, pelo Prof. Doutor Arlindo Chilundo, que sublinhou a necessidade de consolidar o ecleticismo académico e garantir a formação de docentes qualificados para diversas instituições de ensino superior.

Defendendo a criação de uma universidade com identidade própria, Chilundo alertou para a importância de um maior investimento na investigação aplicada e fundamental, na modernização das bibliotecas e no apetrechamento dos laboratórios, garantindo que a formação académica responda às necessidades reais do país.

“Entre as principais reformas, gostaríamos de propor que se prossiga com a reflexão sobre o aprimoramento dos mecanismos de alocação pelo Estado e parceiros de recursos financeiros para as Instituições de Ensino Superior públicas, e, neste caso específico para a UEM, para que possa, na plenitude, cumprir a sua missão, garantindo a qualidade e relevância na sua actividade”, afirmou.

A oração de sapiência de Arlindo Chilundo, sob o tema “50 Anos da Independência de Moçambique: UEM pela qualidade e relevância na sua missão”, reforçou, ainda, a necessidade de fortalecer a internacionalização da Universidade.

“Uma das evidências de uma efectiva internacionalização pode medir-se pelo número de estudantes estrangeiros nos nossos programas ou cursos. Pelo menos até 2020, a participação de estudantes estrangeiros nos cursos de doutoramento da UEM tem aumentado gradualmente. Os dados estatísticos mostravam que, dos estudantes matriculados no doutoramento, 14% eram estrangeiros”, destacou Chilundo.

Além disso, o académico defendeu a ampliação de programas de dupla titulação e o fortalecimento da cooperação com instituições de renome internacional, consolidando o nome da UEM no cenário global.

“Sem a independência não teríamos UEM”

– Manuel Guilherme Júnior

O Reitor da UEM, Prof. Doutor Manuel Guilherme Júnior, enfatizou que a celebração dos 50 anos da independência nacional é um marco para a Universidade reflectir sobre o seu contributo no desenvolvimento do país e os desafios que se impõem, como as mudanças climáticas e a degradação social.

“Num contexto em que assistimos a alguns sinais de certos revisionismos históricos, nós como UEM, queremos dizer que, sem a Independência Nacional, não haveria Moçambique pós-colonial, sem a Independência, não teríamos uma UEM, sem a Independência, não seríamos cidadãos. Portanto, Moçambique pós-colonial, a UEM e a cidadania são conquistas da Independência Nacional, cujo cinquentenário celebramos este ano”, afirmou.

Ao dirigir-se aos estudantes recém-ingressados, o Reitor ressaltou a importância do envolvimento activo na vida académica e nas iniciativas de intervenção social promovidas pela Universidade.

“Caros estudantes, a UEM que, a partir de hoje, passa a ser oficialmente a vossa casa é uma instituição que também se preocupa com iniciativas de intervenção social, o que significa que a vossa presença nesta casa não se deverá limitar apenas à assistência de aulas e realização de avaliações”, apelou.

Em representação do Governo, o Doutor Edson Macuácua, reafirmou o compromisso do Estado no apoio à investigação científica. Igualmente presente no evento, o Presidente da Associação dos Estudantes, Honório António, exortou os novos estudantes a dedicarem-se aos estudos e a contribuírem para o crescimento da Universidade.