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ECA discute transformação digital no ensino básico

A Estratégia Nacional para a Transformação Digital no Ensino Básico, lançada no ano passado, pode impulsionar a educação inclusiva e colmatar o défice de professores em Moçambique. O tema foi debatido esta Quinta-feira, na Escola de Comunicação e Arte da Universidade Eduardo Mondlane (ECA-UEM), durante o Workshop de Engajamento, que reuniu especialistas para avaliar e enriquecer a estratégia.
A pandemia da Covid-19 expôs fragilidades do sistema educativo, evidenciando a falta de infraestrutura digital para garantir a continuidade do ensino. O Director Nacional do Ensino Secundário, Silvestre Dava, afirmou que a estratégia pode reduzir o rácio aluno/professor e modernizar a educação. “Aprendemos que precisamos evoluir para não sermos reféns de pandemias e intempéries”, disse.
O Presidente do Conselho de Direcção do Movimento de Educação para Todos, Sarmento Preço, alertou que, durante a pandemia, milhares de crianças ficaram sem acesso à educação, principalmente em zonas rurais, onde faltam internet, electricidade e dispositivos digitais.
O Prof. Doutor Manuel Mangue, um dos mentores da estratégia, destacou que é essencial reduzir o número de crianças fora da escola e capacitar professores e alunos em competências digitais. No entanto, alertou para desafios como a falta de salas de aula (59,6%) e de acesso à eletricidade (44,3%) nas escolas, o que dificulta a implementação das tecnologias no ensino.
A transformação digital na educação depende de investimentos em infraestrutura, capacitação docente e acesso equitativo à tecnologia. O encontro na ECA reforçou a necessidade de um esforço conjunto entre Governo, sector privado e sociedade civil, para garantir que a digitalização seja uma realidade acessível a todas as crianças moçambicanas.