Universidade Eduardo Mondlane

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Estudo revela desafios e oportunidades para Moçambique

A promoção de um desenvolvimento inclusivo e sustentável em Moçambique está fortemente ligada à mobilidade social e intergeracional, segundo um estudo do Centro de Estudos de Economia e Gestão da Faculdade de Economia da Universidade Eduardo Mondlane (UEM). O relatório, lançado nesta Quarta-feira (26/02), apresenta uma análise detalhada dos padrões de mobilidade social no país, destacando avanços, desafios e estratégias para a redução das desigualdades.

Embora se tenham registado ganhos substanciais na educação e no bem-estar, os investigadores alertam que persistem barreiras estruturais que limitam o acesso equitativo a oportunidades económicas, tornando essencial um esforço contínuo para mitigar a privação social e económica.

Um dos pontos críticos levantados pelo estudo diz respeito à fraca correlação entre mobilidade educacional e profissional, o que significa que, apesar dos avanços no acesso à educação, nem sempre isso se traduz em melhores oportunidades económicas para os moçambicanos.

A fraca correlação entre a mobilidade educacional e a profissional sugere que são necessários mais esforços para garantir que a educação se traduza em melhores resultados económicos”, destacou o Dr. Finn Tarp, investigador da Universidade de Copenhaga.

A disparidade de oportunidades entre regiões e géneros também foi apontada como um factor que limita a equidade social no país.

 

O mercado de trabalho, em Moçambique, apresenta padrões distintos de mobilidade social, especialmente para mulheres e pessoas com baixa escolaridade, conforme destacou o Dr. Ângelo Nhanidede, representante do Ministério da Planificação e Desenvolvimento. “O estudo indica que há necessidade de reforçar investimentos na educação, protecção social e criação de oportunidades económicas, especialmente para os grupos mais vulneráveis”, afirmou.