UEM expõe na FACIM
A Universidade Eduardo Mondlane está presente na 59ª edição da Feira Internacional de Maputo cuja exposição acontece até domingo, em Ricatla, Marracuene, na província de Maputo. Participam nesta 59ª edição da FACIM mais de 3 mil expositores de 26 países, entre os quais 2.300 empresas moçambicanas e 750 operadores económicos estrangeiros, de acordo com dados do Ministério da Indústria e Comércio.
A Faculdade de Ciências expõe os serviços e produtos desenvolvidos no âmbito do Projecto do Cultivo de Macroalgas em estaca e balsas flutuantes, uma iniciativa que fornece habitats e alimentos para diferentes espécies, sustentando, deste modo, a biodiversidade na Ilha de Inhaca.
“O projecto cria um meio de subsistência às comunidades costeiras para evitar a subexploração de recursos pesqueiros. Aqui mostramos que produzimos produtos como sabonetes, pastas dentífricas, fertilizantes, biscoitos e sumos através de algas que são também comestíveis”, descreveu o expositor da UEM, Amós Nhaca.
Em plano de evidência está igualmente a Faculdade de Engenharia por via do projecto Mozbriquete, uma iniciativa que visa a valorização de biomassa como combustível alternativo à lenha. Apoiado pela Organização Internacional do Trabalho, no âmbito do projecto MozTrabalha, tem como objectivo promover tecnologias de energias renováveis através de investigação científica, demonstração, capacitação e divulgação de projectos de produção e uso de energia de forma eficiente e benigna para o meio ambiente em Moçambique e criação de postos de trabalho.
O projecto, ainda na fase piloto, está a ser realizado por docentes/pesquisadores da Faculdade de Engenharia que recorrem a resíduos sólidos para produzir briquetes que já são usados por algumas padarias da cidade de Maputo para a confecção de pão.
Presente igualmente na feira de Ricatla, o Centro de Desenvolvimento de Carreiras, tem estado a mostrar o contributo da universidade com o sector empresarial. Para o coordenador do Projecto de Desenvolvimento de Carreiras, Godwen Veremu, o surgimento de organizações e projectos virados ao desenvolvimento de carreiras tem minimizado a situação que assola maioritariamente a camada juvenil moçambicana. “Por exemplo, grande parte dos estudantes da UEM tecnicamente estava bem preparada, mas o empregador busca algo a mais, nomeadamente, a capacidade de liderança, gestão de tempo, cumprimento de metas e objectivos, habilidades que estamos neste momento a fornecer aos estudantes desta instituição de ensino.
Falando esta Sexta-feira, durante uma palestra sobre os desafios de emprego aos recém-formados, inserida nas actividade da 59ª Edição da Feira Internacional de Maputo 2024, a representante do Programa Girl Move, Nélia Siquela, afirmou que a sua organização tem vindo a fornecer formações e capacitações técnicas que contribuem para minimizar o défice de emprego no país. “Já formamos 1955 jovens que estão inseridos no mercado. Estes passaram por um estágio e, com o conhecimento adquirido, conseguem transmitir a confiança ao empregador”, revelou.
Sob o lema “Industrialização: Inovação e Diversificação da Economia Nacional”, a Feira Internacional de Maputo fecha as portas neste domingo.