Primeiro-Ministro exalta o papel da UEM na formação de quadros
O Primeiro-Ministro, Adriano Maleiane, destacou o papel da UEM na formação do capital humano e social, afirmando que, ao longo dos 62 anos de existência, a instituição contribuiu na edificação e consolidação da nação moçambicana, firmando-se como referência na investigação e extensão universitária.
O representante do Governo fez este pronunciamento, esta Segunda-feira, durante a cerimónia de graduação de 455 estudantes da Universidade Eduardo Mondlane, em diferentes áreas do saber, desde licenciados, mestres e doutores.
Reiterou que, dada a sua experiência acumulada ao longo destes anos, a UEM deve continuar a ser uma instituição de referência para o ensino superior no país, formando quadros qualificados para o mercado de trabalho nacional e internacional, bem como para a investigação e pesquisa.
“Quando se entra no ensino superior passa-se de aluno para estudante porque muda a metodologia do processo de ensino-aprendizagem, exigindo-se ao estudante mais pesquisa académica para obtenção de bons resultados. Saem da Universidade para darem o vosso contributo no desenvolvimento do país, emprestando o vosso saber para a geração de soluções”, exortou.
Referiu que, instituições de ensino superior como a UEM, são centros de empoderamento técnico-científico dos seus estudantes, capitalizando-os para o empreendedorismo eficaz e eficiente bem como o trabalho de qualidade.
“Com os certificados obtidos hoje, já estão munidos de ferramentas para a integração no mercado de trabalho cada vez mais exigente. Na actual dinâmica do mercado de trabalho, vingam os que mostram qualidade, os que sabem aplicar com criatividade o que apreenderam, por isso, devem apostar na capitalização das oportunidades existentes à vossa volta, incluindo a criação de emprego”.
O Primeiro-Ministro encorajou aos graduados a usarem os seus conhecimentos e o saber-fazer adquiridos ao longo da formação para encontrarem soluções inovadoras para a melhoria das condições de vida dos moçambicanos.
Na ocasião, o Reitor da UEM, Prof. Doutor Manuel Guilherme Júnior, revelou que, do total dos graduados, 414 são licenciados, 34 mestres e setes doutores, dos quais, 51% são do sexo feminino, explicando que a instituição mantem, desta forma, uma tendência de equidade nas graduações dos últimos quatro anos.
“A UEM continua a ser aquela instituição onde o equilíbrio do género, tanto nas admissões como nas graduações, afigura-se sempre presente. Uma cerimónia de graduação representa para a instituição que gradua o seu momento mais alto, momento em que a instituição diz à sociedade: aqui está o fruto do nosso trabalho para contribuir para o crescimento da sociedade”.
Sublinhou que o evento serve, igualmente, para conferir aos graduados os diplomas que os certificam como tendo habilidades suficientes nas áreas em que frequentaram os cursos, com destaque para Agronomia e Engenharia Florestal, Educação, Veterinária, Ciências Exactas, Letras e Ciências Sociais.
“A missão da nossa Universidade é de produzir e disseminar conhecimento científico. Aliás, como temos estado a fazer referência em intervenções anteriores, é com este pensamento que a UEM iniciou um empreendimento institucional para se tornar numa Universidade de Investigação. Portanto, já somos a primeira universidade do país e queremos passar também a ser a primeira Universidade de Investigação e assumir a dianteira na produção e disseminação de conhecimento científico, para além da inovação e extensão universitárias”.
O Reitor afirmou que, numa altura em que o país e o mundo deparam com inúmeros desafios, com destaque para a emergência climática, crise dos modelos económicos e conflitos de natureza diversa, cresce a necessidade de capacitação científica e técnica, bem como munir a sociedade de valores humanísticos, como ética e solidariedade, para vencer os referidos desafios.
“Convictos da nossa Missão, e após um longo e exigente processo de formação que incorporou a construção do saber, saber fazer, do saber ser e estar, colocamos à disposição da sociedade e prontos para criar, inovar e produzir, estes graduados que, com as suas habilidades e competências, irão continuar com a missão de identificar, investigar e resolver os problemas da sociedade”.
Por sua vez, a representante dos graduados, Nelma Nhanale, disse que a sociedade espera o contributo dos conhecimentos adquiridos ao longo da formação na resolução de problemas práticos.
“Portanto, vamos honrar o diploma que temos, impulsionando mudanças qualitativas na nossa sociedade. Agradecemos a todos os docentes e não só que, com sabedoria, moldaram o nosso pensamento crítico, inspirando o amor pela aprendizagem. Não ensinaram apenas os conteúdos, mas também os valores que nos guiarão para o sucesso”.
Na mesma linha de pensamento, o Presidente da Associação dos Estudantes, Onório Púnguè, destacou o papel da UEM na formação de quadros que asseguram o rumo e destino da nação moçambicana.