Arqueológas investigam o comércio à longa distância
Arqueológas defendem o desenvolvimento de pesquisa arqueológica que revela a história do comércio à longa distância, explicando que especialistas desta área de conhecimento devem devolver o passado às comunidades, mostrando que as práticas comercias que correm na actualidade são uma continuidade do passado.
Esta tese foi defendida, recentemente, pelas oradoras do seminário alusivo ao Dia Mundial do Património Africano, organizado pela Faculdade de Letras e Ciências Sociais da UEM.
Na ocasião, a Directora do Centro de Arqueologia Subaquática da UEM (CAIRIM), Profª. Doutora Solange Macamo, revelou que há um projecto em curso, desenvolvido em colaboração com especialistas da Universidade de Cambridge, visando trazer os traços históricos deste comércio. “Ė um projecto de pesquisa arqueológica para o conhecimento do comércio à longa distância, que ligava o Interland à Costa, pois Moçambique tem uma das estações mais antigas onde ocorriam estas trocas comerciais e que indica também os antigos contactos culturais como a presença da comunidade árabe mais antiga”, disse.
Reiterou que o arqueólogo tem a missão de devolver o passado histórico à sociedade, instando, deste modo, a preservação e valorização do património.
Por sua vez, a investigadora da Universidade de Cambridge, Profª. Doutora Abigail Moffett, afirmou que Moçambique tem um grande potencial na pesquisa sobre as rotas do comércio ao longo do leste da África, daí que acredita no sucesso do projecto que poderá envolver também estudantes e investigadores da UEM.