“Sou apaixonado pela comunicação”
– Orlando Muchongo, estudante de Linguística
Orlando Nelson Muchongo, estudante do 3º ano do curso de linguística, é reconhecido pelo seu dinamismo e versatilidade, envolvendo-se em diversas actividades extracurriculares, com destaque para a participação na organização de várias iniciativas de saraus culturais ao nível da cidade de Maputo e apresentador de um programa cultural denominado “Generalizando”, na Rádio Universitária.
Nascido a 9 de Fevereiro de 2003, na província de Gaza, distrito de Manjacaze, começa o seu percurso académico aos 5 anos de idade, na Escola Primária Completa de Chitsongo, onde fez o ensino primário e, depois, foi transferido para a província de Maputo.
Porquê escolheu estudar linguística?
A minha primeira opção foi o curso de Jornalismo e, a segunda, linguística. Mas acabei sendo admitindo para o curso de Linguística. A minha convivência com as letras, durante o percurso escolar, despertou esta paixão pela comunicação, que foi crescendo, na medida em que lia jornais e acompanhava alguns comunicadores na televisão e rádio.
Está no terceiro ano, acha que encontrou na UEM a formação que pretendia?
Sim, superou as minhas expectativas. Logo no primeiro ano, percebi que o curso era muito bom. A disciplina de Português 1, por exemplo, nos ensinava a nos colocarmos em um nível de comunicação muito exigente e, para nós, era um ponto valoroso, aprendemos a produzir os nossos textos, posteriormente, criticar. Quando comecei a entender e compreender acerca do que aprendia, percebi que não estava perdido.
É reconhecido pelo seu envolvimento em diversas actividades culturais, pode falar de algumas participações e da experiência colhida?
É, na verdade, um intercâmbio mútuo, entre mim e as pessoas com as quais partilho experiências neste mundo da arte, porque começo a escrever músicas, poesias, composições, fora da academia e, depois de ingressar na universidade, encontro figuras que estão neste mundo há mais tempo. Aqui,Tive a oportunidade de conhecer colegas de diferentes faculdades, como, por exemplo, a Escola de Comunicação e Artes, onde sou colaborador da Rádio Universitária. Tenho participado em diversos eventos, onde adquiro experiências que me fazem crescer como poeta e como jovem intelectual.
Como avalia o movimento cultural na Universidade?
É um movimento existente, que precisa de um impulso. Há muitos estudantes poetas, cantores, fazedores de teatro, todos com vontade de participar em eventos culturais. O importante é que deve haver conexão com a direcção da Universidade, de modo a criar condições para que haja mais eventos abrangentes e frequentes.
É também locutor de rádio, onde apresenta um programa cultural. Porquê essa opção?
Radio é comunicação e comunicação é a minha paixão. Um colega que cursa jornalismo na ECA, apresentou-me à Rádio, e eu já tinha um projecto, só não sabia onde apresentar, embora soubesse da existência da Rádio Universitária. Não sabia quais eram os processos para colaborar. Entretanto, com ajuda do colega, submeti o projecto e foi aprovado. É um programa de teor geral, que visa trazer debates, diversas formas de arte. A partir do programa, tive a ideia de criar um Sarau cultural e, neste evento, recebemos músicos e poetas. O programa vai ao ar duas vezes por semana.
Onde pretende chegar como locutor?
Pretendo crescer muito, numa rádio com maior visibilidade. Faço de tudo para que o meu programa na Rádio Universitária tenha qualidade apreciável, para ajudar no crescimento da própria rádio, de forma a que seja ouvida e reconhecida a nível nacional.
O que o país pode esperar de si depois de terminar o curso?
Pode esperar um profissional da área de linguística inclinado para questões de revisão e produção de conteúdos ligados a área e não só, também ligados à comunicação. Para mim, fazer esta fusão da linguística e comunicação, traria uma contribuição significativa para a sociedade.