Clínica Fitossanitária dinamiza investigação na UEM
A UEM criou, recentemente, uma Clínica Fitossanitária, que dinamiza os trabalhos de investigação e extensão inerentes ao diagnóstico de doenças de plantas, análise de solos e do material de propagação de pragas.
Trata-se de uma unidade orgânica da Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal, que ainda não foi oficialmente inaugurada, mas que já desenvolve actividades, com destaque para o auxílio a produtores e técnicos da Universidade e de outras instituições, na busca de soluções dos principais problemas de praga, doenças e infestantes que interferem no processo produtivo.
O responsável pela Clínica Fitossanitária, Prof. Doutor Tomás Chiconela, disse que, para um bom diagnóstico de doenças e pragas, as amostras devem chegar à clínica frescas, porque as amostras mal colhidas dificultam a identificação de patologias. Após a identificação, é recomendado ao agricultor o que deve ser feito para combater a praga.
“Fazemos actividades de campo no sentido de, se um agricultor vier ter connosco, e tiver um problema, as vezes, mandamos os nossos técnicos para recolher a amostra e, vezes sem conta, temos recebido amostras que não foram bem colhidas. Adicionalmente, há casos em que nos enviam uma praga ou uma doença que é nova no país e, nesse sentido, acabamos resvalando para a investigação que é procurar saber como é que se pode fazer o controlo desta mesma doença.”
Por sua vez, a Profa Doutora Laura Canhanga, Investigadora do ramo, explicou, explicou que, ao receberem as amostras, faz-se uma avaliação preliminar para identificar as causas do problema, que pode ser feita de forma morfológica ou molecular.
“Actualmente, a clínica faz a identificação com base nas características morfológicas e, no caso da identificação molecular, as amostras são encaminhadas para o Centro de Biotecnologia, e por causa disso, este processo leva mais tempo, se comparado com a identificação morfológica”, explicou.
A investigadora disse ainda que as doenças e as pragas nas culturas dificilmente ocorrem de forma isolada, i.e., normalmente é tudo junto. A título de exemplo, a clínica recebeu amostras de roseiras, cujo problema principal era doença e praga.
A clínica fitossanitária conta com a parceria do Centro de Biotecnologia da UEM, Departamento de Sanidade Vegetal e apoio de especialistas da área de proteção.