Curador da Fortaleza de Maputo alerta à preservação de monumentos

A Fortaleza de Maputo organiza, este Sábado, uma campanha de limpeza ao monumento e espaço envolvente, numa acção que visa sensibilizar aos usuários sobre a necessidade de serem parte activa na retirada de resíduos sólidos que ofuscam a imagem e beleza deste local memorial.
A informação foi revelada esta Quinta-feira, pelo curador da Fortaleza, dr. Moisés Timba, que referiu ser esta uma das actividades programadas pela Instituição para assinalar a passagem do Dia Internacional dos Monumentos, celebrado no dia 18 do mês em curso.
“Estamos a tentar atrair grupos que, directa ou indirectamente, estão associados à instituição e que, com as suas práticas, acabam contribuído para o estágio actual dos monumentos, nomeadamente estudantes, vendedores ambulantes, polidores de viaturas e outros. Queremos que sejam parte activa do grande problema relativo aos resíduos sólidos que acabam reduzindo a imagem e beleza dos monumentos”, disse.
Afirmou que, na semana seguinte, está prevista a oferta de visitas guiadas a algumas escolas secundárias da cidade de Maputo, incluindo a realização de uma palestra sobre a importância dos monumentos e sítios.
“Para completar a actividade, a Fortaleza irá organizar uma conversa alusiva ao dia, com o lema: Património, conflitos e desafios de gestão dos espaços urbanos de Maputo. Esta actividade será dirigida aos estudantes, mas não vedada ao público em geral que tenha interesse em participar desta iniciativa, visando reflectir sobre a necessidade da preservação dos monumentos”.
O curador da Fortaleza reiterou que há uma certa desatenção em relação a esta área do património edificado o que, no seu entendimento, compromete o valor e importância dos locais memoriais.
“Estamos a pensar em envolver instituições como Conselho Municipal e outras ligadas à gestão patrimonial para que, em conjunto, possamos reflectir e chamar atenção sobre a necessidade da preservação desse legado edificado”.
Num outro desenvolvimento, Moisés Timba falou da exposição “Residência Artística UPCYCLES 2024”, patente na Fortaleza de Maputo, explicando que a mesma foi organizada pela Associação dos Amigos do Museu do Cinema em Moçambique, integrando quatro artistas de Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, dos quais dois moçambicanos e os restantes de nacionalidade angolana.
Criadas a partir de premissa da reutilização e ressignificação de arquivos, as obras desta exposição colocam-nos perante importantes interrogações sobre o património cultural, migrações, memória e identidade.