UEM acolhe bolseiros na área agroalimentar

Estudantes de diversas universidades africanas beneficiam de bolsas de estudo para cursar mestrado e doutoramento, nas áreas agroalimentares e mudanças climáticas, na Universidade Eduardo Mondlane, numa iniciativa que visa potenciar a investigação científica nestes campos de conhecimento a nível do continente.
As bolsas, oferecidas pelo Centro de Excelência em Sistemas Agroalimentares e Nutrição, enquadram-se num dos pilares dos objectivos desta unidade orgânica da UEM, inerente à transformação agroalimentar em África.
Os bolseiros veem com bons olhos a iniciativa, explicando que constitui uma oportunidade para a troca de experiência com estudantes provenientes de outros cantos e que pretendem também se especializar nessas áreas de conhecimento.

“Pretendo contribuir para que agricultores do meu país tenham mais ganhos”
– Adong Peace, Uganda
“Vim para UEM, em Janeiro deste ano, nunca antes tinha tido uma experiência como esta e tem sido muito bom. A África enfrenta muitos desafios no sector agrícola. Na minha infância foi-me dito que a agricultura é a base para catapultar a economia do continente. Frequentar este curso é uma oportunidade para desenvolver habilidades e capacidade de contribuir para o crescimento do sector agrário no meu país.
Em Uganda, os farmeiros não beneficiam totalmente dos esforços que realizam; penso que o conhecimento e a experiência que estou a adquirir vão me permitir contribuir capacitando os agricultores para obterem mais ganhos na actividade agrícola”.

“O programa vai me ajudar a encontrar soluções para problemas relevantes”
– Mathews kambani, Malawi
“Este programa vai me ajudar a encontrar soluções relevantes para problemas que muitos países africanos estão a enfrentar. Buscamos soluções que possam ajudar a produzir comida para as comunidades. E, também, espero partilhar experiências, porque, aqui, temos pessoas de diferentes países, com níveis de mestrado e doutoramento, que me vão permitir partilhar conhecimentos para solucionar problemas de insegurança alimentar”.

“Espero ajudar a proteger as plantas no nosso país”
Wigner Patrício, Moçambique
“Estou a fazer mestrado em Protecção Vegetal. Com este curso, eu espero ajudar a proteger as plantas no nosso país, visto que África tem um vasto leque de biodiversidade vegetal, mas, na sua maioria, ainda não foi estudada e, com a crise da biodiversidade, é importante que estas plantas sejam preservadas e estudadas para o conhecimento das suas propriedades.
E estar a fazer este curso com estudantes de muitos países de África é muito bom porque podemos trocar experiências, não apenas relacionadas com a biodiversidade biológica como tal, mas também um pouco sobre a cultura de cada um e sobre África”.

“Estou muito animada em estar aqui em Maputo”
– Maureen Koboca, kenya
“Estou muito animada em estar aqui, em Maputo, no âmbito deste programa, que constitui uma grande oportunidade para interagir com estudantes de 20 países africanos, onde aprendemos com cada um. O curso que estou a fazer vai me permitir contribuir da melhor forma para a segurança alimentar no Quénia”.