UEM intensifica uso de tecnologia assistiva para promover Educação Inclusiva
A UEM tenciona intensificar o uso da Tecnologia Assistiva como forma de promover o acesso ao ensino superior e melhorar o desempenho académico de estudantes com necessidades educativas especiais. Com efeito, decorreu esta Quinta-feira (21/12), no Centro Estudantil da UEM, uma palestra com vista a consciencializar e capacitar estudantes na utilização dessa ferramenta tecnológica.
São cerca de 35 estudantes, também conhecidos como Embaixadores de Carreira, que estão a ser formados para depois replicar os conhecimentos junto de um grupo mais amplo de estudantes.
Segundo o Director do Registo Académico da UEM, Prof. Doutor Betuel Canhanga, trata-se da primeira actividade de formação num conjunto de outras seis formações que deverão acontecer durante o ano de 2024, incluindo nas unidades localizadas fora da cidade de Maputo. “Seleccionamos aquele grupo de estudantes que trabalha de forma activa com o Centro Estudantil e a Associação de Estudantes Universitários (AEU)”, disse.
Fez saber que a Declaração de Salamanca aponta a Educação Inclusiva como a possibilidade de reforçar a ideia de educação para todos, todavia, reconhece que a igualdade e facilidades no processo de formação podem não ser equitativas para todos, por isso, a consciencialização de estudantes no uso da tecnologia assistiva faz parte desses esforços de redução dessas desigualdades no percurso de formação.
“Não podemos ter na nossa Universidade estudantes com necessidades educativas especiais que não conseguem evoluir normalmente devido a sua condição. Por isso temos que trabalhar conjuntamente para que este grupo de estudantes consiga fluir academicamente”, frisou.
Um dos beneficiários, Anifo Eduardo, do curso de Psicologia, Faculdade de Educação, disse que a formação traz grandes benefícios porquanto a tecnologia assistiva congrega ferramentas que servem de auxílio aos estudantes com limitações. ‘’Por exemplo, a nossa Biblioteca tem uma sala de braile cuja sua utilização eficaz requer o conhecimento dessa tecnologia assistiva’’, disse.
Marli Arouca, Biologia Aplicada, Faculdade de Ciências, referiu que a formação permite aos beneficiários obterem conhecimento base para garantir o processo de formação inclusiva no país.
O evento foi organizado pela Direcção do Registo Académico através do Centro de Desenvolvimento de Carreira (CDC), em parceria com a Embaixada dos EUA cujo tema foi “Acessibilidade no Ensino Superior: Educação para todos, Tecnologia Assistiva e Criação de uma Cultura Inclusiva.