Face à insuficiência do orçamento: Reitor apela para uma maior dinâmica na busca de soluções
O Reitor da UEM, Prof. Doutor Manuel Guilherme Júnior, apelou aos directores das unidades orgânicas desta instituição de ensino superior a serem cada vez mais proactivos na busca de soluções, explicando que a insuficiência do Orçamento do Estado não pode ser motivo de lamentações.
O dirigente falava esta segunda-feira, no Campus Principal, por ocasião da III Sessão Ordinária do Conselho de Directores alargada ao Conselho de Reitoria, evento que reuniu representantes de várias unidades orgânicas da instituição.
Afirmou que o Orçamento do Estado há muito que deixou de ser suficiente para financiar as actividades da universidade, reiterando que anualmente o cenário tende a agravar.
“Como UEM, não devemos ficar apenas pelas lamentações e estamos proibidos de nos resignar. O Conselho de Directores Alargado deste ano teve como foco a necessidade de nos organizarmos para sermos proactivos na busca de soluções e, para tal, apelamos aos colegas a revisitar a Matriz de Recomendações e prestar atenção ao que nos propusemos a fazer”, disse.
Apontou, igualmente, a criatividade, imaginação e superação dos desafios, como atitudes cruciais para vencer os obstáculos originados pela insuficiência orçamental.
“Permitam-me que aproveite para apresentar algumas indicações do que somos chamados a realizar, nomeadamente, implementar, de forma efectiva, a Agenda da Reforma Institucional, a começar pelos quick-wins; continuar com os esforços para firmar o Contrato Programa com o Governo, assegurar que todas as unidades orgânicas elaborem e submetam os seus planos operacionais, em referência ao Plano Estratégico e da Agenda da Reforma Institucional”.
Acrescentou que deve se introduzir mudanças que permitam identificar parceiros estratégicos, promover mais parcerias verdadeiramente estratégicas, assegurar e monitorar a sua implementação.
“Melhorar a nossa organização interna para permitir maior eficiência e eficácia na planificação e execução das nossas tarefas, concluindo o trabalho de todas comissões que estão a avaliar algumas unidades da UEM e tomar decisões, bem como Implementar, de forma efectiva, a gestão integrada de receitas próprias”, alertou.
O Reitor recomendou aos directores que submetessem tanto o plano anual de actividades, assim como o respectivo relatório nos prazos estipulados, explicando que a lei impõe a submissão deste documento ao Tribunal Administrativo antes de Março e já aprovado sob pena de cometerem ilegalidades, o que pode não ser confortável para a UEM.
“Por essa razão, exige-se de nós mais organização, coordenação e compromisso. A este respeito, situações como a relatada pelo GaPQEI que enfrenta dificuldades em ser recebido em algumas unidades orgânicas situadas no Campus Principal, ou o não preenchimento de matrizes e, em alguns casos, preenchimento de matrizes sem dados concretos e sem evidências e a demora na resposta às solicitações de informação e pareceres, devem deixar de ser prática na nossa instituição”.
Num outro desenvolvimento, Manuel Guilherme Júnior encorajou aos Órgãos Centrais a continuarem a ser unidades de apoio às Faculdades, Escolas e Centros e, sempre que possível, apostarem no reforço das competências a nível das Unidades Orgânicas.
“Devemos sempre lembrar que a maior capacidade de realização de tarefas está concentrada nas unidades académicas e Centros, é lá onde reside a verdadeira Universidade. Sendo assim, devemos nos concentrar cada vez mais no nosso papel virado para o pensamento estratégico da Instituição, na regulamentação, monitoria e fiscalização, deixando às Unidades Orgânicas a maior responsabilidade na realização de boa parte das actividades”.