Para responder aos desafios actuais: Reitor defende uma sociedade mais humanística
O Reitor da UEM, Prof. Doutor Manuel Guilherme Júnior, defendeu que a capacitação científica e técnica pode ser uma saída para vários desafios que o país e o mundo enfrentam, com destaque para a emergência climática, crise dos modelos económicos e conflitos de natureza diversa, argumentando que a sociedade precisa de estar cada vez mais munida de valores humanísticos.
O dirigente falava hoje (22/10), em Maputo, durante a cerimónia de graduação de 953 estudantes de diversas áreas de conhecimento, dos quais 901 licenciados, 47 mestres e 5 doutores.
Explicou que desafios como as mudanças climáticas, crises sociais e políticas só podem ser vencidos quando enfrentados com ciência e integridade de toda sociedade, sendo que o conhecimento aparece como elemento aglutinador.
“A UEM tem o dever de trazer soluções para os problemas locais e globais, usando, para tal, o conhecimento científico e técnico. Apesar dos inúmeros desafios enfrentados pelos nossos investigadores, docentes e estudantes, continuamos firmes e cada vez mais certos do dever e certeza do nosso papel, o de buscar respostas para aqueles problemas que exigem pensamento e intervenções criteriosos e cientificamente apurados, a bem da sociedade”.
Afirmou que, em 2023, a instituição graduou 1924 estudantes nos seus diferentes cursos de licenciatura, mestrado e doutoramento, numa jornada iniciada no mês de Maio, em Maputo, tendo seguido Inhambane e Gaza, em Outubro, e Quelimane, no início de Novembro.
“Deste universo de graduados, cerca de 55 por cento são do sexo feminino. Estes dados encorajam-nos a aumentar a nossa responsabilidade nacional de contribuir para o alcance de uma educação de qualidade e em números que representem as necessidades de desenvolvimento do nosso país”, destacou.
O Reitor garantiu que os graduados que acabam de ser colocados à disposição da sociedade e prontos para criar, inovar e produzir, resultam de um longo e exigente processo de formação que incorporou a construção do saber fazer e do saber ser e estar, com base na investigação. “Esta é a razão que nos enche de certezas sobre as suas habilidades e competências para, lado a lado com as comunidades, identificar, investigar e resolver os problemas da sociedade”.
De entre várias intervenções do domínio da extensão, em 2023, o Reitor destacou o diagnóstico dos constrangimentos no ingresso e retenção de raparigas e rapazes nas escolas secundárias na província de Nampula, em parceria com a Visão Mundial e Canadá; provisão de sessões educacionais sobre o uso de variedades tolerantes à seca e o seguro agrícola aos produtores de milho nas comunidades dos distritos de Guro, Bárue, Gondola, Vanduzi e Sussundenga, na província de Manica; colaboração com a Agência Metropolitana de Maputo na avaliação da qualidade do ar na região do Grande Maputo, Marracuene e Boane; entre outros”.
Apelou aos graduados para maior dedicação na construção de um Moçambique e de um mundo cada vez melhor. “Lá fora, tendes pelo menos mais de 30 milhões de habitantes esperando por vós e queremos que não os desapontem e nem os decepcionem. Para tal, espero que sejam profissionais e cidadãos íntegros e comprometidos com a causa nacional”, concluiu.
Por sua vez, a representante dos graduados, Cristina Baulene, afirmou que, ao longo da formação, enfrentaram vários desafios, mas que, com dedicação e entrega abnegada, foram vencidos, destacando a importância do apoio de pais e encarregados de educação bem como de docentes.
“Estamos prontos para contribuir para o desenvolvimento do nosso país bem como para a criação dos novos postos de trabalho. Trabalharemos arduamente para honrar a oportunidade de formação em várias áreas de conhecimento que a UEM nos concedeu”, prometeu.
A mesma opinião fui defendida pelo paraninfo, Profª. Doutora Gracinda Mataveia, que reiterou a relevância do conhecimento adquirido ao longo da formação não só no crescimento individual, como também na construção do país cada vez mais próspero.