
Na ponte certa: UEM quer pesquisa e talento além do “Chinese Bridge”
O Reitor da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), Prof. Doutor Manuel Guilherme Júnior, aproveitou a realização da fase nacional do concurso internacional “Chinese Bridge”, para lançar um apelo académico e institucional: transformar o ensino da língua chinesa num campo fértil de pesquisa científica no contexto moçambicano.
O concurso “Chinese Bridge” é uma iniciativa que decorre regularmente a escala global, visando promover o gosto pela língua, cultura e literatura chinesa no seio dos estudantes universitários, especialmente os de Licenciatura em Língua, Cultura e Literatura Chinesa.
Falando na abertura do evento, que decorreu no Instituto Confúcio, o Reitor sublinhou que, mais do que uma disciplina, a língua chinesa deve ser abordada como uma área estratégica de investigação dentro da UEM, contribuindo para o avanço da ciência, da linguística aplicada e das relações interculturais.
“O concurso fortalece o intercâmbio cultural e fortalece a amizade internacional, promovendo e avaliando o talento em diversas disciplinas, tais como a proficiência linguística, conhecimentos gerais (cultura, história, folclore, etc.) sobre China e Moçambique, a caligrafia chinesa, as artes marciais e a ópera tradicional”, afirmou o Reitor.
Segundo Guilherme Júnior, este movimento faz parte da missão da UEM de se afirmar cada vez mais como uma Universidade de Investigação, capaz de integrar o ensino com a geração de conhecimento relevante para Moçambique e o mundo.
Dulce cruza a ponte da excelência rumo à China
Entre discursos, dança tradicional, provas de oralidade e exibições culturais, quem brilhou foi a estudante Dulce José Mondlane, finalista do 4.º ano da Licenciatura em Língua, Cultura e Literatura Chinesa. Com carisma, domínio linguístico e talento artístico, Dulce sagrou-se vencedora da 10.ª Edição do “Chinese Bridge” em Moçambique.
“Estou muito entusiasmada com a oportunidade de representar Moçambique a nível continental e, com sorte, na fase mundial na China. Levo comigo o orgulho de ser estudante da UEM e a responsabilidade de continuar a aprender e a promover o intercâmbio cultural entre os nossos povos”.
Com este feito, Dulce Mondlane irá representar Moçambique na fase continental do concurso, com possibilidade de qualificação para a final mundial, a realizar-se na Zhejiang Normal University, na China.
A cerimónia contou com a presença da Embaixadora da China em Moçambique, Sr.ª Zheng Xuan, que realçou o impacto positivo do concurso no fortalecimento das relações culturais sino-moçambicanas.
Em 2023, o estudante Pierr Pedro Mahuaia colocou Moçambique nos holofotes do mundo, ao conquistar o terceiro lugar global e o quarto no ranking africano, provando o alto nível de ensino da língua chinesa na UEM.