Universidade Eduardo Mondlane

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UEM e FDC unem forças contra o cancro da mama e do colo do útero

A Faculdade de Medicina da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) foi palco, na Quinta-feira (07/10), de uma mesa-redonda sobre o cancro da mama e do colo do útero, um dos eventos centrais do Mês de Consciencialização sobre o Cancro. A iniciativa foi promovida pela Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), em parceria com a Faculdade de Medicina, a Associação de Luta contra o Cancro e a Associação Casa Rosa.

O encontro juntou especialistas, académicos e representantes da sociedade civil, num espaço de diálogo sobre prevenção, diagnóstico precoce e acesso equitativo a cuidados de saúde para mulheres em todo o país.

A Presidente do Conselho de Administração da FDC, Graça Machel, lançou um apelo à acção, sublinhando que a luta contra o cancro exige informação, empatia e políticas inclusivas.

“O cancro não deve ser uma sentença de morte. Precisamos garantir que todas as mulheres, independentemente da sua condição social ou localização geográfica, tenham acesso à informação, ao rastreio e ao tratamento adequado”, afirmou.

O médico oncologista, Dr. Satish Tulsidas, reforçou a urgência de fortalecer a capacidade dos centros de saúde primários.

“Em Moçambique, muitos casos chegam aos hospitais em estágio avançado. Precisamos fortalecer a capacidade dos centros de saúde primários para detectar precocemente e encaminhar os casos com celeridade”, observou.

Já a Prof.ª Doutora Cesaltina Lorenzoni, Chefe do Programa Nacional de Controlo do Cancro, apresentou dados que reforçam a necessidade de acção imediata. “O cancro do colo do útero continua a ser uma das principais causas de morte entre as mulheres em idade reprodutiva. A vacinação contra o HPV e o rastreio regular são medidas que salvam vidas”, sublinhou.

O debate foi marcado por momentos de partilha, emoção e compromisso, resultando em propostas concretas para melhorar a resposta nacional ao cancro, com enfoque nas mulheres mais vulneráveis e nas comunidades com acesso limitado aos serviços de saúde.

O encontro encerrou com uma nota de esperança: a convicção de que conhecimento, prevenção e solidariedade são as ferramentas mais poderosas na luta contra o cancro em Moçambique.