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Cerimónia de graduação da UEM: Presidente da República encoraja UEM a fortalecer investigação e ligação ao sector produtivo

O Presidente da República, Daniel Chapo, afirmou que a universidade é o lugar onde se pensa o país, onde se desenham soluções e se alimenta a esperança colectiva, encorajando, neste sentido, a UEM a prosseguir firme na sua missão de formar quadros de excelência, a investigar com propósito e a inovar com impacto.
O Chefe do Estado falava esta Quarta-feira, em Maputo, durante a Cerimónia de Graduação de 905 estudantes da UEM, dos quais 837 licenciados, 64 mestres e 04 doutores.
Explicou que o país precisa de uma universidade que dialogue com a economia e com a sociedade, que forme empreendedores, que transforme a pesquisa em produto e conhecimento em bem público. “A universidade não pode estar distante das fábricas, dos laboratórios, dos campos agrícolas, das startups e das comunidades. Precisamos de currículos modernos e parcerias que liguem a academia ao sector produtivo. Por isso, queremos endereçar os nossos parabéns aos quatro Doutores que, com a sua investigação, enriquecem Moçambique”, disse.
Chapo garantiu que o Governo continuará a apoiar a UEM e a todas as universidades públicas e privadas no fortalecimento da investigação científica, na modernização da infraestrutura, na valorização dos seus docentes e investigadores e na garantia de que nenhum talento moçambicano fique sem oportunidade de aprender para o desenvolvimento do país. “Queremos ver nascer, em Moçambique, uma sociedade do conhecimento, onde a educação, a ciência e a tecnologia sejam instrumentos da prosperidade colectiva do povo moçambicano”, desafiou.
Aos graduados e a Universidade, o Chefe do Estado partilhou alguns desafios, destaque para a adopção de uma formação universitária que responda às necessidades reais do país e do mundo do trabalho e ao acompanhamento da evolução tecnológica, principalmente da Inteligência Artificial. “O outro desafio é o de participar activamente no Diálogo Nacional Inclusivo, um processo abrangente, que discute desde a revisão da Constituição até às reformas destinadas a melhorar a nossa governação, fortalecer as instituições públicas e privadas e consolidar a unidade nacional. A UEM pode, querendo, submeter as suas contribuições”, rematou.
Por sua vez, o Reitor da UEM, Prof. Doutor Manuel Guilherme Júnior, disse que, volvidos os sete anos no exercício de transformação institucional, a Universidade já começou a colher os resultados da investigação, com a melhoria da colocação nos rankings internacionais e o aumento qualitativo e quantitativo do número de publicações científicas, produzidas pelos docentes e investigadores.
“E, como resultado desse exercício, aproximamo-nos, cada vez mais, às nossas populações, desenvolvendo várias actividades de extensão junto às nossas comunidades, de onde aprendemos, ensinamos e produzimos novos saberes”.
Explicou que, como mostra dos resultados alcançados, a Conferência Científica deste ano foi, sem sombra de dúvidas, uma montra recheada de saber e criatividade, inovação e ciência. “Se a compararmos com a Conferência de 2023, o número total de resumos submetidos aumentou de 631 para 802, representando um crescimento global de 27,1%”, destacou.
O Reitor destacou ainda que a Conferência Científica reuniu cerca de 1400 participantes e, para além de representar, em números, um acréscimo participativo, também correspondeu a um visível crescimento de qualidade, tanto nos conteúdos apresentados, como nas discussões que caracterizaram os dias do evento. “Manifesto o nosso compromisso em continuar a constituir solução para os desafios mundiais contemporâneos e, de modo particular, para continuarmos a constituir solução para o desenvolvimento do nosso país, e com enfoque para as comunidades mais recônditas”, afirmou.
Guilherme Júnior exortou aos estudantes da UEM que se inspirassem nos graduados e que neles buscassem os melhores exemplos de bravura e dedicação, para que culminem a sua formação em tempo recorde.
Em reacção, a representante dos graduados, Evlizy Alfândega, afirmou que a graduação é um mérito conquistado pelos estudantes que durante a formação mostraram com rigor a dedicação e o saber. “Somos chamados a enfrentar novos desafios, seja no local de trabalho, na sociedade que nos espera ou nos sonhos ainda por concretizar. Devemos gerar impacto e mudanças reais com acções que beneficiam o próximo e que transformam vidas”, sublinhou.
No mesmo contexto, o Doutor Adelino Muchanga, na qualidade de paraninfo, afirmou que a conclusão do curso não é o fim de tudo, apelando aos graduados que continuassem a investigar e criar em prol do desenvolvimento do país. “Na vida pessoal e profissional, a planificação joga um papel fundamental, fixar metas, prever contingências e definir o plano de desenvolvimento pessoal”.
A cerimónia incluiu a premiação dos melhores estudantes que se destacaram aos longo da formação.