
PALOP desafiados a criar sistema único de mobilidade académica
As instituições de ensino superior dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) enfrentam o desafio de criar sistemas de crédito académico robustos, que permitam a mobilidade de estudantes e investigadores e assegurem o reconhecimento mútuo das qualificações.
O repto foi lançado na Quinta-feira (11/09), no Campus Principal da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), pelo Director Nacional do Ensino Superior, Hortênsio Comissal, durante a Conferência e Assembleia Geral da Rede de Agências de Avaliação de Qualidade no Ensino Superior dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (RAAQES-PALOP), evento organizado em colaboração com o Conselho Nacional de Avaliação de Qualidade do Ensino Superior (CNAQ).
Comissal destacou que, esta tarefa, exige visão estratégica, liderança colaborativa e inovação. “Quanto mais trabalharmos em conjunto, mais capacidade teremos de influenciar as políticas regionais e garantir que os diplomas sejam reconhecidos e valorizados globalmente”, sublinhou.
A Presidente do CNAQ, Prof.ª Doutora Maria Agibo, trouxe ao debate o tema da ética académica, alertando para o aumento da falsificação e da encomenda de monografias. Segundo esta, o fenómeno revela tanto fragilidades institucionais – pela falta de supervisores – como responsabilidades individuais dos estudantes. “Apelamos aos estudantes para que sejam mais proactivos e competentes, de forma a não hipotecarem o seu próprio futuro”, advertiu.
Por sua vez, o Reitor da UEM, Prof. Doutor Manuel Guilherme Júnior, lembrou que a qualidade no ensino superior não deve se limitar ao período da formação, mas também, no momento em que este estiver a exercer a profissão.