Museu da História Natural inaugura laboratórios Biotecnológicos
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- Criado em 14-11-2016
Trata-se do laboratório de caracterização genética que faz estudos que contribuem para o desenvolvimento das várias espécies da Tilápia e o laboratório de preparação das colecções usadas no processo da pesquisa, do ensino e da extensão, imprescindíveis para estudos taxonómicos e sistemáticos, oferecendo os elementos para comprovação de toda pesquisa anterior e permitindo caracterizar, de modo representativo dentro de um ecossistema, o papel de cada espécie.
O evento que teve lugar na tarde desta segunda-feira, 07 de Novembro, serviu também para a apresentação, em seminário, das actividades do projecto de formação de investigadores e gestores para a biotecnologia, fruto da parceria com a cooperação italiana, com o intuito de impulsionar a investigação no Museu da Historia Natural (MHN) em particular, e para a UEM no geral, tendo em conta o desafio que esta instituição-mãe do ensino superior em Moçambique tem, de se transformar em uma universidade com foco na investigação.
Falando na ocasião, o Vice-Reitor da UEM para a Administração e Recursos, Prof. Doutor Ângelo Macuácua, referiu que a melhoria do laboratório do centro de biotecnologia e o apetrechamento dos laboratórios do MHN vem dar alento as acções de investigação desenvolvidas nesta universidade, uma vez melhorados os padrões de qualidade e de segurança. “As acções de melhorias, ora levadas à cabo, contribuirão igualmente para o apoio das acções de pesquisa visando a conservação da biodiversidade, o controlo das doenças genéticas e formação de técnicos de laboratório dotados de capacidades e qualidade internacional”, disse para depois acrescentar que a apresentação dos resultados obtidos pelos investigadores desta área, dá uma melhor ideia sobre a relevância cientifica, económica e social das pesquisas que estão a realizar.
Prosseguindo, disse que na UEM vigora a ideia de que a investigação deve ser relevante e com impacto significativo para fazer jus ao investimento feito para a sua implementação, por isso “acreditamos que a criação de um banco de dados dos resultados de investigação feita nestes laboratórios, a actualização da página de internet do Centro de Biotecnologia e a criação da página do MHN permitirão que mais pessoas tenham acesso aos estudos realizados neste domínio”.
Por seu turno, o Embaixador da Itália, Marco Conticelli, é do entendimento de que a inauguração dos dois laboratórios marca uma etapa de relançamento do MHN como instituição de excelência na investigação e conservação do património natural de Moçambique, respondendo ao sonho desta instituição de se tornar um centro de referência nacional e internacional na pesquisa e na documentação da biodiversidade faunística de Moçambique.
O diplomata fez saber que nos 18 meses da vigência do projecto, para além da reabilitação dos dois laboratórios, ora inaugurados, foram formados investigadores e estudantes em Biotecnologia, actividade importante e susceptível de abrir novas perspectivas para a investigação científica e para o desenvolvimento económico no turismo ambiental e na indústria farmacológica.
Importa referir que ao longo de cerca de 40 anos da integração formal do MHN na estrutura orgânica da UEM, foram criadas e fortalecidas as bases de participação mais activa do museu nas actividades fundamentais da UEM. Prova disso é o uso das colecções desta unidade em acções pedagógico-cientificas, implementação de programas de educação, bem como a sensibilização dos jovens do ensino primário e secundário para o interesse pela ciência, cultura, história e meio ambiente.