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História da “Associação Académica de Moçambique” lançada em Livro

livro-aamTrata-se duma obra de natureza historiográfica com 464 páginas, lançada esta 2ª feira, em Maputo, que baseado em factos documentais, relata as memórias dos antigos estudantes, professores e funcionários da extinta Universidade de Lourenço Marques, hoje Universidade Eduardo Mondlane (UEM), intitulada “História da Associação Académica de Moçambique (1964-1975) ”, da co-autoria de Carlos Lopes Pereira e Luís Gonzalez, com intuito de facilitar um melhor conhecimento da história contemporânea de Moçambique.
O livro ora lançado acaba sendo não só sobre as actividades dos estudantes da Associação Académica de Moçambique (AAM) e das suas lutas. É também sobre professores, assistentes, funcionários, que juntamente com os estudantes lutavam pelos seus ideais e defendiam a sua universidade. É também sobre a permanente repressão que a universidade sofria naquele período por parte das autoridades policiais e militares do colonialismo português.
O antigo reitor da UEM e sócio da AAM, Prof. Doutor Narciso Matos, foi o escolhido para a apresentação do livro, tendo salientado que a obra está rigorosamente ancorada em documentação recolhida pelos autores e promotores do livro e dezenas de colaboradores e arquitectos da associação que participaram da iniciativa que reuniram não apenas documentos produzidos pela AAM mas ainda documentos relevantes da Universidade de Lourenço Marques, do Governo Colonial, da PIDE, do Arquivo Histórico de Moçambique, entre outros.
Para a materialização do livro, que conta com seis capítulos e cinco apêndices, Matos fez saber que os autores contaram com uma rede de colaboradores sediados em Maputo e Portugal que ajudaram não só na recolha da documentação, mas também com os seus depoimentos, tornando mais viva a história narrada no livro.
O representante dos promotores da obra, Eng. Arnoldo Pereira, contou que a iniciativa de lançar a obra ganhou força em 2012, por ocasião das celebrações dos 50 anos do ensino superior em Moçambique e dos diversos eventos então realizados por iniciativa do governo de Moçambique e a UEM, pois várias foram as referências e diversos intervenientes nesses eventos que fizeram então as actividades desenvolvidas pelos estudantes universitários no período final do colonialismo no país, e em particular da AAM.
livro-aam22“Foi nesse período que um pequeno grupo de antigos estudantes desta universidade, todos eles muito ligados a AAM decidiu que era chegado a altura de lançar a iniciativa de se escrever a história do movimento associativo estudantil universitário em Moçambique, desde a criação dos Estudos Gerais Universitários de Moçambique até a independência, isto é, no período 1964-1975”, disse.
Falando na ocasião, o Reitor da UEM, Prof. Doutor Orlando Quilambo, sublinhou que a criação da AAM representou um momento importante na história do movimento estudantil moçambicano pois teve lugar num contexto repleto de desafios diferentes das condições nas quais se opera actualmente, sendo por isso ser “necessário homenagear a todos os fazedores da epopeia da nossa história”.
Prosseguindo, disse que, contrariamente ao passado, foi a UEM que encorajou a criação da Associação dos Estudantes Universitários (AEU), que embora não sendo da estirpe da AAM, é a entidade que representa os interesses dos estudantes da UEM a mais de 25 anos. “ É esta AEU, tendo sempre a UEM como pioneira, que galvanizou a criação das associações universitárias em outras instituições do ensino superior”.
Por seu turno, o presidente da AEU, Salvador Muchidão, notou que o lançamento do livro da AAM surge numa altura em que todos os moçambicanos são chamados a reafirmar o seu patriotismo e compromisso com a nação na qual a juventude é convidada a ser a força impulsionadora de mudanças na sociedade.

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