Museu de História Natural reforça biblioteca com obras sobre a biodiversidade

Detalhes

Criado em 18-01-2016

O Museu de História Natural da UEM reforçou hoje, 14 de Janeiro, o seu acervo bibliográfico com a recepção de 5 caixas de livro diverso, incluindo artigos científicos.
O material, essencialmente didático, é uma doação da Academia de Ciências da Califórnia, EUA, no âmbito de uma parceria existente entre as duas instituições.
São obras que versam sobre a biodiversidade faunística e suas formas de classificação, com particular enfoque para a área da Ontomologia. De acordo com o Prof. Doutor Almeida Guissamulo, do Museu de História Natural, alguns desses livros fazem referência aos métodos da Sistemática, ciência que estuda a classificação dos animais. "Parte dos livros ensinam os métodos de classificação de diferentes espécies sobretudo como atingir aos diferentes níveis de classificação", frisou.
Guissamulo referiu que o material ora entregue ao Museu faz igualmente menção as novas técnicas de classificação com recurso a biologia molecular. Segundo disse, actualmente, é recorrente o uso da biologia molecular para identificar ou distinguir espécies de animais através dos genes.
Os livros que podem ser vistos na biblioteca do Museu de História Natural, em Maputo, para fins de pesquisa, destinam-se aos estudantes do ensino superior nos níveis de licenciatura, mestrado e doutoramento, que se interessem pela área da biodiversidade faunística.
O Dr. Brian Fisher, da Academia de Ciências da Califórnia, considerou de relevante o lote de obras entregue ao país, através do Museu de História Natural, dado que vai reforçar a disponibilidade de conhecimento de uma área ainda muito pouco pesquisada no país, a biodiversidade e seus componentes.

"Queremos continuar a ajudar dentro dos termos da nossa parceria. Temos particular interesse em desenvolver estudos conjuntos na área da Taxonomia, com particular destaque para o estudo dos insectos", disse.
O Museu de História Natural e a Academia de Ciências da Califórnia têm vindo a colaborar há anos na área de colecta de espécimes consideradas importantes para a biodiversidade.

Neste momento, uma equipa de pesquisadores das duas instituições tem agendado para este ano uma expedição para novas áreas de estudos, nomeadamente na Reserva do Niassa e no Parque Nacional da Gorongoza cujo objectivo é recolher dados que permitam a melhoria do conhecimento existente sobre a biodiversidade.