Gaza pede maior interveção da UEM no desenvolvimento local
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- Criado em 13-07-2015
A Governadora da Província de Gaza, Stella Pinto, apelou na manhã de hoje, 13 de Julho, à Universidade Eduardo Mondlane para aumentar a sua intervenção naquela parcela do país, de forma a encontrar soluções que permitam a melhoria da vida das comunidades.
Falando na abertura do Conselho de Directores Alargado - 2015, que decorre em Chidenguele, desafiou a Universidade a apresentar soluções nas áreas de agricultura, veterinária, turismo, entre outras, baseadas em tecnologias alternativas e através da oferta de serviços especializados, capacitação técnica e insumos qualificados, adequados às necessidades do sector produtivo.
A UEM temestado a desenvolver nos últimos tempos acções com vista a sua transformação em uma Universidade de investigação. A Governadora de Gaza disse acreditar que essas reformas irão responder aos novos paradigmas impostos para o pleno desenvolvimento do país, em geral, e da sua província, em particular.
Stella Pinto manifestou alegria pelas acções da Escola Superior de Negócios e Empreendedorismo da UEM, localizada em Chibuto. Segundo ela, a ESNEC ministra cursos que correspondem aos desafios da província e classifica de positivos os seus resultados. “Já temos quadros da Escola dando o seu contributo em vários sectores de actividade. A ESNEC tem se destacado como parceira nos seus aspectos científico e tecnológico, cuja meta é um melhor aproveitamento dos recursos disponíveis, incentivo ao empreendedorismo e a promoção do desenvolvimento local e nacional, tangenciada pela estreita relação entre a própria Universidade, o Governo e o sector privado”, disse.
Acrescentou que a UEM destaca-se em Gaza como agente de desenvolvimento integrado através da participação dos estudantes e investigadores da ESNEC na promoção e consolidação da cadeia de valores de vários produtos abundantes naquela parcela do país, assim como, na capitalização das oportunidades de negócio e da criação de vários projectos com impacto socio-económico, como é o caso do projecto de piscicultura em Chidenguele.Por sua vez, o Reitor da UEM, prof. Doutor Orlando Quilambo, disse que a UEM procura, na sua política de expansão, chegar junto às comunidades, oferecendo cursos de carácter mais aplicado, vitais para o desenvolvimento local.
“Foi assim que nos estabelecemos em Chibuto, através da ESNEC, oferecendo cursos na área agro-comercial e de liderança, e abrimos um Centro de Recursos em Nwadjahane, no distrito de Manjacaze, como parte das nossas actividades de extensão", disse o Reitor, acrescentando que a política de expansão da UEM não prevê abertura de novas unidades de ensino replicando as existentes em Maputo, mas sim, a presença através de Centros de Recursos, que servirão para promover a investigação e extensão, bem como o ensino à ditância, onde for aplicável.
“O Centro de Nwadjahane, em particular, poderá servir para o ensino à distância em cursos que se considerarem relevantes, mas também, e através da investigação, aprofundar o nosso conhecimento sobre o local e a história do nosso patrono, Eduardo Chivambo Mondlane, bem como acolher visitas e oferecer acampamento a estudantes nacionais e estrangeiros, contribuindo para a sua educação patriótica e para maior internacionalização da nossa UEM”, explicou.
A UEM pretende estabelecer Centros de Recursos em em todas as províncias, unidades estas que terão a missão de realizar investigação, extensão e ensino a distância. Esta é a forma que a maior e mais antiga instituição de Ensino Superior no país encontrou para responder aos problemas específicas de cada província.
Sob o lema “Rumo a uma Universidade de Investigação”, a UEM está reunida em Conselho Alargado de Directores para traçar estratégias que a levem a esse desiderato.