Biotecnologia permite soluções rápidas para o desenvolvimento do país, considera o Ministro Louís Pelembe
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- Criado em 11-03-2014
O Ministro da Ciência e Tecnologia de Moçambique, Louís Pelembe, disse ontem, 06 de Março, que a Biotecnologia permite soluções rápidas e sustentáveis para as limitações dos desenvolvimentos do sector da agricultura, saúde, pesca, recursos marinhos, indústria e ambiente.
Falando no decurso do Seminário de Encerramento do Projecto de Formação dos Investigadores do Centro de Biotecnologia da UEM, o governante assumiu que o papel do Governo de Moçambique, através do Ministério da Ciência e Tecnologia, consiste em criar soluções estruturais, técnico-cintíficas, financeiras, legais, regulamentadas para permitir ou facilitar a pesquisa e desenvolver a inovação que leva à aplicação do desenvolvimento económico.
Segundo o Ministro, o Governo de Moçambique aprovou a estratégia da ciência, tecnologia e inovação, instrumento que orienta a aplicação da ciência, tecnologia e inovação como meio para alcançar o desenvolvimento socio-económico no país. Refere que, entre as áreas estratégicas, a biotecnologia é identificada como a tecnologia universal a implementar no nosso país.
Nesse âmbito, a 10 de Maio de 2011, o Conselho de Ministros aprovou o Plano Nacional de Biotecnologia que define a agenda da biotecnologia e orienta os diferentes intervenientes que participam na aplicação desta tecnologia. Trata-se de um programa que se baseia no estabelecimento da capacidade institucional, do quadro regulador e legal, e de ambiente favorável para a promoção da pesquisa, desenvolvimento e inovação em diferentes áreas e impulsionar a aplicação da pesquisa na solução dos programas e na produção dos bens úteis à sociedade.
Enquanto issso, o Reitor da UEM, o Prof. Doutor Orlando Quilambo, desafiou ao Centro de Biotecnologia da UEM a aumentar a produção científica, a reforçar a ligação com o sector produtivo para que, a par da investigação, se realize a investigação aplicada, "que resolva a curto prazo alguns problemas, e a longo prazo nos coloque até no Mercado das patentes", disse.
Apelou ainda para a necessidade de se implementar um Plano Estratégico ou de Desenvolvimento que permita a instituição visualizar para onde caminha, mas sobretudo que papel e que lugar pretende ocupar na investigação fundamental, aplicada, na pós-graduação e na relação com o sector público e privado.
Presente no evento, o embaixador da Itália em Moçambique, Roberto Vellano, referiu que a parceria com a Universidade Eduardo Mondlane já perdura há 30 anos. Defendeu que a biotecnologia faz parte de uma estratégia de apoio aos âmbitos científicos de maior interesse para o desenvolvimento e visa criar uma parceria entre Moçambique e as redes académicas internacionais, bem como a indústria e as empresas privadas.