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“A UEM deve ser o modelo e o farol de todas as outras universidades em Moçambique”, afirmam os antigos Reitores

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Os antigos Reitores da UEM defendem que pelos seus 60 anos de existência, a UEM dever ser o farol de todas as outras universidades em Moçambique, velando a qualidade da sua investigação, ensino e extensão, oferecendo corpo docente as outras universidades, sendo o modelo e o patamar que as outras universidades pretendem atingir.
Com isso, a UEM também deve procurar o seu próprio patamar almejando estar no ranking das melhores universidades regionais e africanas estabelecendo, para o efeito, objectivos concretos. Estas posições foram defendidas numa Mesa Redonda promovida na tarde desta quarta-feira (30/11), em Maputo, por ocasião das celebrações dos 60 anos do ensino superior em Moçambique.
Para o antigo Reitor Prof. Doutor Rui Baltazar, apesar da grandeza, a UEM ainda não tem a repercussão social que ela devia ter porque não se faz sentir como uma força de progresso, do espírito crítico, de desenvolvimento e de vanguarda na procura de soluções, da disseminação do conhecimento científico. “Esta universidade tem de ser de facto uma referência fundamental”, disse.
Enquanto isso, o Prof. Doutor Brazão Mazula, disse que pela sua história a UEM vai ser sempre o ponto de referência do ensino superior, no país. Nesse sentido, a instituição deve primar sempre pela qualidade dos seus serviços, não apenas o ensino, aprendizagem e a investigação, mas também na sua administração e gestão. Apelou para a universidade solucionar, através da investigação, os problemas sociais como o lixo que abunda nas principais cidades do país e a falta de habitação.
Entretanto, o Prof. Doutor Filipe Couto alertou a UEM a melhorar os critérios de admissão dos seus estudantes porquanto uma Universidade que se pretende especializar na investigação não pode continuar a admitir para o sistema estudantes que não sabem ler nem escrever. “Isto podia ser uma desculpa há 60 anos atrás, hoje não”, frisou.
Outra de entre as suas preocupações tem a ver com a duração dos cursos que, no seu entender, são demasiado longos. Pelo que, encoraja a UEM a levar à cabo uma “reforma corajosa” diminuindo o tempo que o estudante fica na universidade.
Por sua vez, o mais recente antigo Reitor da UEM, Prof. Doutor Orlando Quilambo, apontou como desafio desta instituição no âmbito da sua transformação em Universidade de Investigação (UdI), o ambiente nacional que ainda não está preparado para o tipo de instituição que a Universidade pretende se tornar. Como solução, sugere a contínua sensibilização das autoridades e da sociedade em geral sobre a importância de uma universidade de investigação, a necessidade de uma lei do ensino superior que encoraja a criação de uma universidade de investigação através de pacotes que valorizam a produção científica.
Na sua intervenção, o antigo Reitor Prof. Doutor Narciso Matos, prestou homenagem aos primeiros reitores desta instituição de ensino superior, nomeadamente, Veiga Simão e Fernando Ganhão, por terem contribuído para a criação e sobrevivência da UEM em tempos difíceis. Lembrou que no período em que esteve a frente dos destinos da Universidade, deu importância à formação do corpo docente em vários países do mundo com os níveis de mestrado e doutoramento cujos frutos viriam a surgir anos depois. “Foi um período importante para afirmação desta Universidade”, destacou.
O actual Reitor da UEM, Prof. Doutor Manuel Guilherme Júnior, tomou nota a todas intervenções dos antigos reitores da instituição, tendo no final, referido tratar-se de um momento de grande inspiração para si.
Reconheceu que as mensagens endereçadas simbolizam responsabilidade e requerem que delas se retire ilações para o trabalho a ser desenvolvido pela Universidade.

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