
FAMED apoia na investigação biomédica nos PALOP
PLATAFORMA INCUBATOR E LABORATÓRIO VIRTUAL
A Faculdade de Medicina da Universidade Eduardo Mondlane (FAMED-UEM) reforça a sua posição de destaque na investigação científica em saúde, ao integrar a Plataforma INCUBATOR e o novo Laboratório de Histopatologia, inaugurados no dia 15 de Outubro de 2025, na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).
A cerimónia, presidida pelo Ministro da Saúde de Cabo Verde, Jorge Figueiredo, contou com a presença do Reitor da Uni-CV, Professor José Arlindo Barreto, da representante da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação “La Caixa”, Hermínia Cabral, e do Professor Jahit Sacarlal, investigador e docente da FAMED-UEM, que representou a Universidade Eduardo Mondlane.
O evento marcou um momento histórico para a cooperação científica entre Moçambique e Cabo Verde, simbolizando o comprometimento conjunto na promoção da investigação em saúde, inovação tecnológica e formação avançada de investigadores nos países lusófonos de África.
O Projecto INCUBATOR – Caracterização Clínico-Patológica do Cancro nos PALOP é coordenado pela Universidade de Cabo Verde, em parceria com a Universidade Eduardo Mondlane (Faculdade de Medicina), o Hospital Universitário Agostinho Neto (HUAN) e o Hospital Central de Maputo (HCM). O projecto é financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian e pela Fundação “La Caixa”, no âmbito de um concurso internacional lançado em 2021.
Com foco no estudo do cancro da próstata, o INCUBATOR aposta no desenvolvimento de infra-estruturas laboratoriais, na capacitação de jovens investigadores e na integração de tecnologias digitais, através de um Laboratório Virtual, que permite o intercâmbio de dados e experiências científicas entre os países parceiros.
Durante o evento, foi igualmente apresentado o Curso de Pós-Graduação em Diagnóstico Patológico e Molecular, pela Professora Maria dos Anjos, Presidente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Uni-CV, e partilhados resultados preliminares de investigação liderados pela investigadora principal Neidy Rodrigues, com a colaboração de Mamudo Ismail, João Moreno, Jahit Sacarlal, Nelson Tchamo, Mário Frederico e José Benvindo.
O projecto representa um salto qualitativo na cooperação científica entre os PALOP, abrindo caminho para a criação de redes de investigação integradas, centros de excelência e novas soluções tecnológicas para o diagnóstico precoce e tratamento do cancro.
Para a Universidade Eduardo Mondlane, esta parceria reforça o seu compromisso em ser uma Universidade de Investigação, alinhada com o seu Plano Estratégico 2018–2028, e contribui para a formação de capital humano altamente qualificado, capaz de responder aos desafios de saúde pública que afectam as populações africanas.