
ECA lança curso intensivo de Técnicas de Cena com foco na formação prática
A Escola de Comunicação e Artes (ECA) lançou, na Sexta-feira (03/10), o curso intensivo de Técnicas de Cena, uma iniciativa que vem para responder os anseios dos profissionais de teatro, dança, música, cinema e outros artistas que necessitam desta formação específica.
Com a duração de um ano, incluindo um estágio profissional, o curso, inserido no Projecto PROCULTURA, é financiado pela União Europeia e pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P., com assistência técnica implementada pela CESO Development Consultants. O curso poderá beneficiar também produtores culturais, directores técnicos e artistas plásticos.
No acto do lançamento, o coordenador do curso, Mestre Dadivo José, explicou que estudantes de teatro sempre precisaram deste conhecimento, capaz de potenciar a elaboração de projectos com um bom suporte técnico. “Estamos a falar concretamente de cinegrafias, figurinos, luz e som. O curso responde a estas questões técnicas: Como investimos as nossas personagens no palco e como iluminamos o mesmo palco”, disse.
Revelou que, o curso será leccionado em oficinas que permitem um bom conhecimento prático. “Para isso, tivemos o apoio de parceiros internos e externos que garantiram a parte logística”.
Na ocasião, o Director do Gabinete de Cooperação, Prof. Doutor Manuel Chenene, disse que, do ponto de vista pedagógico, o curso introduz uma nova dimensão prática na formação em artes cénicas, proporcionando mais ferramentas, materiais didácticos e contextos reais de experimentação para os estudantes.
“Esperamos que esse reforço técnico se traduza, desde já, em maior qualidade nas produções artísticas, investigação aplicada e extensão universitária, com impacto na UEM, ECA, nas comunidades e no país em geral”, referiu.
Acrescentou que poderão surgir, a partir deste curso, profissionais com competências que os tornem competitivos no mercado nacional e estrangeiro. “Que seja um pilar para o fortalecimento das indústrias culturais e criativas em Moçambique”.
Por seu turno, o representante da União Europeia em Moçambique, Miqueli Grimella, disse que o curso faz parte de uma visão mais ampla para elevar os sectores culturais e criativos em todos os países africanos de língua portuguesa.
“Hoje celebramos não apenas o início de um curso, mas o início de uma viajem que capacitará indivíduos, fortalecerá as comunidades e contribuirá para o panorama cultural e económico de Moçambique. Trata-se de criar oportunidades e equipar os indivíduos com as ferramentas de que precisam para prosperar numa indústria competitiva e em evolução”, disse.
Grimella acrescentou que a União Europeia está profundamente empenhada em promover o desenvolvimento cultural enquanto pedra angular de crescimento sustentável. “Através do programa PROCULTURA, procuramos colmatar lacunas críticas nas indústrias culturais e criativas dos PALOP e de Timor-Leste”, esclareceu.
Helena Guerreiro, do Camões, I.P., afirmou que o PROCULTURA nasce do reconhecimento da cultura como factor de inclusão, de coesão territorial, desenvolvimento sustentável e de pacificação, além do potencial de gerar rendimento.