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Coding Girl transforma o futuro de mais de mil raparigas através da tecnologia

Mais do que ensinar programação, o projecto “Coding Girls – As Mulheres do Amanhã na Economia Digital” abriu portas para um novo futuro a mais de mil raparigas moçambicanas, formadas entre 2022 e 2025, no desenvolvimento de soluções tecnológicas. A iniciativa, promovida pelo Espaço de Inovação da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), tornou-se uma referência de inclusão, empoderamento feminino e inovação digital com impacto social.

Durante a cerimónia de encerramento do projecto, realizada na Terça-feira (21/05) no Campus Principal da UEM, a Vice-Reitora Académica, Prof.ª Doutora Amália Uamusse, afirmou que o Coding Girl não foi apenas um programa de capacitação, mas sim, uma jornada de transformação pessoal e colectiva.

“Ao longo dos últimos meses, vimos ideias inovadoras ganharem forma, talentos emergirem com confiança e jovens decididas em assumirem o papel de agentes de mudanças através da tecnologia e do empreendedorismo”, declarou.

Além das 1034 formandas, o projecto criou uma rede de multiplicação de conhecimento, tendo capacitado 18 tutoras e 18 formadoras, que continuarão a expandir o impacto do programa nas províncias, com o apoio do Instituto Nacional do Governo Electrónico (INGE).

O Coding Girl mostrou que a tecnologia pode ser ponte entre sonho e realidade empreendedora. Várias participantes desenvolveram ideias de negócio com suporte técnico e formação contínua. É o caso da startup Kubvala, especializada em produtos orgânicos, cujo percurso foi partilhado por Xanai Xirindza: “Chegámos com uma ideia e, agora, já estamos no mercado, mas ainda temos acompanhamento”, testemunhou.

No total, o projecto resultou na criação de três cursos e clubes de codificação permanentes em delegações provinciais, assegurando sustentabilidade e continuidade da iniciativa mesmo após o seu encerramento formal.

Financiado pela Agência Italiana de Cooperação para o Desenvolvimento (AICS), o Coding Girl tornou-se, segundo o Director da agência, Dr. Paolo Sertoli, um pilar da estratégia de transformação digital em Moçambique.

Sertoli garantiu que o projecto conseguiu resultados satisfatórios não apenas pelo número de formadas, mas porque foram envidados esforços para que cada beneficiária fosse também integrada no “coding club” que incluía a partilha de experiências.

O Director-Geral do INGE, Ermínio Jasse, reforçou a importância do apoio logístico e institucional prestado pela sua entidade, sublinhando que a aposta em tutoras locais fortaleceu a confiança e o engajamento das beneficiárias.

Ao longo do projecto, as raparigas não só aprenderam a codificar, como foram desafiadas a criar soluções para problemas concretos, incorporando princípios de empreendedorismo, design de pensamento, trabalho colaborativo e inovação social.

A cerimónia de encerramento terminou com uma exposição de startups incubadas no Espaço de Inovação da UEM, onde ficou evidente que o impacto do Coding Girl vai muito além da sala de aula – é visível no mercado, na comunidade e na auto-estima de cada jovem envolvida.

A UEM continuará a promover iniciativas que estimulem a criatividade, a resolução de problemas e o desenvolvimento de competências com impacto social, garantiu a Vice-Reitora Académica da UEM, Prof.ª Doutora Amália Uamusse, até porque, “ao longo dos últimos meses, vimos ideias inovadoras ganharem forma, talentos emergirem com confiança e jovens decididas em assumir o papel de agentes de mudanças, através da tecnologia e do empreendedorismo”, rematou.