Formação médica no país: Ordem dos Médicos reconhece papel da UEM
A Ordem dos Médicos de Moçambique reconhece o papel da UEM e da Faculdade de Medicina, em particular, na criação de capacidade e estrutura para que as outras universidades, no país, leccionem cursos de medicina e garantam a formação de médicos com padrões de qualidade requeridos para exercerem a profissão.
O bastonário, Dr. Gilberto Manhiça, admitiu que se as outras instituições entre públicas e privadas têm um quadro docente maioritariamente formado pela UEM. “Todas as instituições que hoje oferecem cursos de medicina têm sempre alguma participação da UEM.’’
Gilberto Manhiça fez estes pronuinciamentos durante uma entrevista ao CECOMA, onde abordou a necessidade de espaços clínicos para o exercício da formação.
Para o bastonário, a formação médica não é meramente teórica, pois incorpora muito a componente prática, pelo que, não é possivel um formando garantir que sabe medir a pressão ou ouvir o coração quando nunca o fez durante a formação.
O bastonário não é contra a ideia de criação de diferentes pólos de formação de médicos no país, mas defende a criação de condições que garantam a qualidade, desde o início do processo de formação. Entretanto, sugere que é sempre bom a realização de monitorias regulares sobre os aspectos que devem ser melhorados nesses novos pólos de formação de médicos para que elas assumam as características pretendidas.
Explicou que, no início, a Ordem não estava envolvida no processo de criação, mas agora está envolvida no processo de aprovação dos curricula e dos locais de estágio, de modo a verificar se os docentes possuem competências necessárias, bem como a verificação das condições materiais. “Em todos os locais onde não haja condições, ajudamos a preencher as lacunas antes de se dar início ao processo formativo.’’